O presidente da Associação Sindical dos Juizes Portugueses (ASJP) não aceita o facto de "o único órgão que representa os juizes" não ter sido consultado para discutir as alterações ao mapa judiciário. Manuel Soares considera que "não ouvir os juizes" pode originar "asneiras" por parte do Ministério da Justiça (MJ).
São mais de 400 páginas que constituem o documento, a que o CM teve acesso, e em que são apresentadas as alterações pre
vistas pelo MJ ao mapa judiciário. Manuel Soares, que tomou posse como presidente da ASJP no dia 7 de abril, garante que não foi consultado por parte do ministério de Francisca Van Dunem para integrar a discussão relativa à revisão do mapa.
"Não é a reavaliação que surpreende mas o facto de termos ficado de fora. Somos o único órgão em Portugal que representa os juizes", explica Manuel Soares. O presidente da associação sindical não se mostra contra as alterações, que "até podem ser todas boas ", mas critica o facto de serem tomadas decisões sem consultar os juizes "que estão no terreno, porque depois podem fazer asneiras e mais tarde apontam o dedo aos próprios juizes".
Ontem, o MJ garantiu ter consultado a maioria dos órgãos de gestão das comarcas. As principais alterações propostas pela tutela respeitam ao número de processos de cada comarca e ao número de magistrados nos quadros.
Rita Baptista | Correio da Manhã | 19-04-2018
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