Pedro Mourão - Falando de comunicação, devemos chamar um jornalista.
Os engulhos na comunicação da Justiça passam pela dificuldade em atempadamente informar e se fazer entender.
Quando em casa se rompe um cano, todos se lembram do canalizador! Falando de comunicação, devemos chamar o profissional, um jornalista. Uma das primeiras preocupações de um governante, mesmo principiante, é assegurar a sua assessoria de imprensa, escolhendo jornalistas que entende terem perfil. O improviso nunca foi solução. É confrangedor ver profissionais do lado de dentro do foro que se atrevem a comunicar, qual bailarina de ballet dançando em pontas! Se não pecam pelo tempo, é pela forma ou vice-versa.
O exemplo político será, como de uma maneira geral se tem visto, o melhor para a Justiça. Encontrar jornalistas aptos não tem dificuldade. Os tempos atuais colocaram excelentes profissionais no desemprego. Em órgãos que se consideram de referência, o seu trabalho é agora em parte feito por estagiários curriculares que, pagando propinas, acabam por pagar para trabalhar!
Há uns poucos juízes que, por várias razões, conhecem o meio jornalístico, e poderiam ser uma mais-valia neste enquadramento, como em processos de seleção e supervisão. Também por aqui, ‘casa de ferreiro, espeto de pau’!
Pedro Mourão | Correio da Manhã | 17-09-2016
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