Pedro Mourão - Com o Orçamento de Estado para o próximo ano ficou a saber-se que, afinal de contas, a Justiça andava folgada e então toca de descontar! Dos 17 ministérios apenas 2 vêm o seu orçamento reduzido. O Ambiente e a Justiça, esta com menos 3%. Todos os outros terão o orçamento reforçado, num total de 52%. Até a "bastarda" Cultura conquista um aumento de 6,2%!
Decerto que os milhões que o Ministério da Justiça deve aos seus fornecedores, será pura ficção! Credores a endividarem-se para respeitar fornecimentos será maledicência! Enfim…
Tudo isto a leste do paraíso! Onde estão os aqueles conhecidos denominados operadores judiciários? Juízes, que não operam mas julgam, parecem sofrer de um síndroma de orfandade! Nem um múrmurio! Talvez em resultado do baixo crédito em que, por incúria de uns tantos "notáveis", a avaliação da profissão têm publicamente vindo a decair.
A Justiça é notícia todo o ano e quase sempre por razões censuráveis. Excluindo o habitué carpir dos mesmos sobre a falta de condições, amiúde como capa de outras debilidades, a Justiça definha… e chega a estes momentos nevrálgicos e fica só, falando para si, porventura por ausência de elan político.
Esta tem sido e continua a ser a sua sina e de há muito! Até quando?
Pedro Mourão | Correio da Manhã | 29-10-2016
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