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REVISTA DE 2015

Sindicatos com altas expectativas em relação à ministra da Justiça

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A escolha de Francisca Van Dunem para ministra da Justiça do governo chefiado por António Costa foi bem recebida pelos sindicatos do setor, que notam o seu profundo conhecimento do sistema de Justiça português e, nomeadamente, dos seus problemas. Daí que as expectativas estejam em alta quanto ao que a nova governante poderá fazer.

O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) considerou-a uma "boa escolha": "Trata-se de uma magistrada experiente, com conhecimento do setor, que conhece bem a realidade judiciária", declarou à agência Lusa António Ventinhas, acrescentando que Francisca Van Dunem assumiu diversos cargos de relevo no Ministério Público", sendo atualmente Procuradora-Geral Distrital de Lisboa.

"Estão abertas as possibilidades de diálogo" com o Ministério da Justiça para resolver os principais problemas do setor, designadamente a reorganização judiciária e o Estatuto que rege os magistrados do MP, acrescentou.

Outros assuntos urgentes que António Ventinhas considera urgente serem resolvidos prendem-se com a falta de magistrados e a necessidade de abrir concursos de ingresso na magistratura, uma preocupação que também hoje foi partilhada, numa cerimónia pública, pela Procuradoria-Geral da República, Joana Marques Vidal.

A este propósito, António Ventinhas referiu que no próximo ano está prevista a aposentação de 150 magistrados e de 250 nos próximos cinco anos. O número atual de magistrados é de cerca de 1.600, precisou.

Também a presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) considera positivo tenha sido escolhida uma magistrada "que trabalha há muitos anos" no setor e que "conhece os problemas de funcionamento dos tribunais" para ministra da Justiça.

Maria José Costeira entende que os grandes desafios de Van Dunem são a reforma do sistema judiciário, que apresenta "lacunas" e "falhas graves", designadamente obrigando os cidadãos a percorrer grandes distâncias para aceder aos tribunais.'

Esse problema, precisou, verifica-se no acesso às secções especializadas centrais. Os habitantes de Lamego têm de ir a Viseu e os de Chaves a Vila Real, exemplificou.

Outra questão prioritária que elencou é concluir a legislação relativa ao Estatuto das Magistraturas, que está a causar problemas e a obrigar a ajustamentos quando já devia estar aprovado.

Resolver o problema da jurisdição administrativa, onde há falta de magistrados judiciais, e repensar a jurisidição administrativa e o papel da arbitragem são outras questões que, na opinião da dirigente da ASJP, deverão merecer a atenção da nova ministra.

Francisca Van Dunem terá como secretária de Estado adjunta e da Justiça, Helena Mesquita Ribeiro, e como secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso.

tvi24.iol.pt | 25-11-2015

Comentários (3)


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Em sentido oposto, a minha expetativa é zero. Melhor, negativa. Não espero nada de políticos, nem de duques e duquesas das magistraturas que se deixam encantar e iludir pelas malhas da política. Pelo contrário, os magistrados para não serem acusados de corporativos, quando abraçam qualquer cargo político passam a ser os piores inimigos dos anteriores colegas. Exemplos não faltam.
Stork , 26 Novembro 2015 - 00:57:52 hr.
isto passa
eu diria q isto passa. o tempo cura o otimismo infundado.
vendo os clientes do marido da sra, eu diria... nada.
silencio e medo, pois ele parece parece ser de esquerda e muito sério...
josefa , 26 Novembro 2015 - 07:52:46 hr.
...
Os sindicatos já deveriam ter aprendido que quem é importante não é o ministro da tutela. Este dirá sempre que a culpa das coisas não acontecerem é das finanças. Dejá vú e vai continuar a ser.
Valmoster , 27 Novembro 2015 - 16:57:22 hr.

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