Retirar cerca de 1300 reclusos condenados por crimes menores das 48 cadeias nacionais, colocando-os a cumprir pena em casa, vigiados por pulseira eletrónica. Estas são as linhas gerais de uma proposta que a Direção- Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) pretende apresentar ao Ministério da Justiça (MJ) para combater a sobrelotação das cadeias.
A este número acrescem, ainda, cerca de mil reclusos que estão nas cadeias por não terem recursos financeiros para pagar multas – como é o caso das penas de prisão convertíveis em valor monetário. Ou seja, no total, a DGRSP quer retirar das cadeias cerca de 23 o o detidos.
Neste momento, as cadeias nacionais contam com 14 167 reclusos (havia 14 003 presos a 31 de dezembro de 2014), sendo 11 661 condenados, 2348 preventivos e 158 inimputáveis. O objetivo da DGRSP é reduzir a população prisional para um máximo de 12 mil reclusos. Atualmente há 1290 reclusos que foram alvo de penas privativas de liberdade por crimes menores: 136 a cumprir pena por condução perigosa, 258 por condução com álcool e 896 sem carta. A todos estes, a DGRSP quer aplicar prisão domiciliária.
O código de execução de penas determina a integração destes detidos junto da restante população prisional. Fonte prisional disse ao CM que a DGRSP pretende alterar este cenário. O principal travão é o investimento a que a medida obriga (cada recluso em prisão domiciliária custa 17 euros/dia ao Estado), e as necessárias alterações legais.
Quanto aos reclusos presos por não terem dinheiro para pagar multas, a DGRSP pretende que os mesmos fiquem sujeitos a trabalho comunitário. Oficialmente , a DGRSP afirma "não comentar hipóteses de amnistia e/ou alterações legais".
Miguel Curado | Correio da Manhã | 30-03-2015
Comentários (4)
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"A DGRSP quer aplicar-lhes prisão domiciliária"....
Fico-me por aqui!
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Se forem expulsando os estrangeiros logo depois de condenados arranjam muitos lugares para os colarinhos brancos...
colocações por mérito
Falta de vagas na prisão!
Os criminosos, deveriam passar por rigorosas provas de seleção antes de serem condenados.
Só os melhores teriam direito a ocupar uma vaga.
Vamos lá a ver se os esquerdinos todos não começam por aí a clamar pela igualdade de oportunidades e pelo direito á prisa para a maralha toda!
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