O Governo vai avançar com a criação da carreira especial para os cerca de 300 técnicos superiores do Instituto Nacional de Estatística (INE), que implicará aumentos salariais que poderão atingir 250 euros, nalguns casos. A proposta já foi enviada aos sindicatos e começa a ser discutida dia 25.
Desde 2009 que o INE exige ao Governo a criação da carreira especial para os técnicos superiores do instituto, alegando que os salários que são pagos actualmente, sobretudo aos mais jovens, não são suficientes para manter estes quadros qualificados no INE. A reivindicação ganhou força depois de, em Janeiro, o Executivo ter decidido criar uma carreira especial para cerca de 300 técnicos superiores das direcções gerais do Orçamento (DGO) e do Tesouro e Finanças (DGTF) e Gabinete de Planeamento e Estudos (GPEARI), que também estabeleceu subidas salariais.
De acordo com a proposta a que o Diário Económico teve acesso, ao transitarem da carreira geral para a especial, os técnicos superiores do INE serão reposicionados na escala salarial, subindo de imediato um nível na tabela única da Administração Pública, sendo garantido um aumento mínimo de 52 euros em todas as situações. Caso esse valor não seja assegurado com a escalada de um nível, então o trabalhador sobe dois degraus na escala. Por exemplo, um técnico superior em início de carreira que actualmente tenha uma remuneração base de 1.201,48 euros (nível 15) subirá dois níveis na escala, passando então a ganhar 1.458,94 euros, ou seja, mais 257,46 euros.
Isto acontece também porque o ingresso na carreira passa a ser mais bem pago. Os técnicos do INE vão começar a sua vida profissional com uma remuneração base de 1.252,97 euros brutos, contra os actuais 995,51 euros. E as progressões no início da carreira passam também a ser mais generosas, da ordem dos 205 euros, atingindo-se o topo da carreira nos 3.621,6 euros (contra os actuais 3.364,14 euros).
Denise Fernandes | Económico | 16-06-2015
Comentários (3)
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Qual a utilidade do INE
Temos edificios enormes, centenas de pessoas, centenas de recursos, milhares de euros gastos, a titulo de quê? Que contributo positivo trás o INE para o País? Precisamos mesmo de um INE tão "musculado"?
Actualmente todas as Empresas declaram as vendas via internet, os mapas da segurança social informam os recursos humanos, quer a nível salarial como abstenção, o BdP recebe indormação das exportações, as declarações do IVA controlam e cruzam todos os valores declarados.
Para quê uma "montruosa máquina" de consumo de recursos públicos?
Quem não pode andar de Ferrari anda de Fiat, ambos fazem o mesmo percurso...
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