Numa altura em que os últimos dados dão conta de que há cada vez mais jovens desempregados e mais desempregados de longa duração ganham peso as possibilidades de emprego e os ordenados praticados.
Principalmente, porque se multiplicam casos em que muitas famílias vivem de apenas um ordenado para pagar todas as despesas da casa.
Os números de Agosto mostram, aliás, que apesar da taxa de desemprego estar a descer de forma significativa, a criação de emprego continua a não conseguir acompanhar o ritmo do desemprego. E, por isso, de acordo com os números do INE, Portugal tem hoje menos 218,6 mil pessoas empregadas do que em 2011.
Mas até os ordenados mudaram muito nos últimos anos, nomeadamente, nos últimos 30 anos. A própria evolução dos ordenados mais altos praticados no nosso País, no setor privado, são um verdadeiro espelho das transformações da economia portuguesa.
De acordo com o "Diário Económico", as mudanças nos diversos paradigmas fizeram com que estas sejam atualmente as profissões que dão mais dinheiro no nosso País:
1 - Controlador de tráfego aéreo
2 – Desportistas e treinadores
3 – Médicos
4 – Directores de Empresas
5 – Técnicos de Segurança Aérea
6 – Directores Gerais
7 – Oficiais de Pilotagem (navios)
8 – Agentes de Seguros
9 – Directores e gestores de empresas de mediação e prestação de serviços
10 – Corretores de bolsa e cambistas
Sofia Martins Santos | Sol | 09-12-2015
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Comentários (4)
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Até uma maquinista da CP e do metro ganha mais que um juiz. E até podem fazer greves a mando do Arménio Carlos e do Jerónimo.
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Os juízes, no início da carreira, além de terem de andar com as malas às costas, arrendar apartamentos ou quartos longe da sua residência familiar e de suportar os encargos com a sua deslocação, quando consultam a sua folha de vencimento não chega sequer aos 2000 euros, totalmente contraditório com o elevado grau de responsabilidade e risco, absurdamente incompatível com a titularidade de um órgão de soberania e com a elevada exigência de estudo, formação e actualização permanente.
Deparam-se diariamente com partes que a coberto da falsidade das suas declarações de IRS (porque quase tudo recebem sem descontar nem declarar) beneficiam de apoio judiciário para custas, patronos e afins, ostentam bons iPhones ou smartphones, fazem-se conduzir em potentes bólides e exibem todos os sinais patentes de riqueza material, ainda que com uma pobreza intelectual atroz.
Há arguidos por si julgados que no seu agregado familiar recebem de RSI valor superior ao que o juiz recebe no final do mês. Aqueles nada fazem durante o dia (quer dizer, cometem crimes pelos quais estão a ser julgados) e passeiam pelas ruas da cidade, tomam o pequeno almoço com bons croissants nos cafés centrais, enquanto os juízes (sim, são muitos, eu também já o fiz) levam as suas lancheiras para o tribunal porque não têm suficiente para almoçarem em restaurantes nem para almoçarem em cafés, pois tudo pagam, de nada estão isentos, os seus filhos na escola não têm qualquer escalão de benefício (livros, alimentação tudo suportam), sendo penalizados em tudo o resto por simplesmente tudo declararem e nada do que recebem ser oculto, financiando com o seu trabalho a malandrice alheia e pelos vistos também as futuras viagens gratuitas dos familiares e reformados da CP.
É um país extraordinário, este em que os juízes, tidos por privilegiados apenas sobrevivem mas em que "Ops maquinistas do Metropolitano de Lisboa recebem, em média, cerca de 2500 euros ilíquidos mensais por três horas diárias de condução de passageiros. Trata-se da classe profissional mais numerosa na empresa Metro de Lisboa, que paga ordenados acima dos mil euros a todos os seus trabalhadores" (http://www.cmjornal.xl.pt/naci...ducao.html).
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Ah, se eu pudesse voltar atrás, talvez me candidatasse a controlador de tráfego aéreo. Porém, a idade não perdoa e a vista já começa a ficar cansada...!
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