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REVISTA DE 2015

"O melhor que este país tem hoje são os presos"

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O ex-autarca, Isaltino Morais, que esteve preso durante 14 meses, condenado pelos crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais, afirmou, esta quinta-feira, em entrevista à TVI, que toda a gente o "respeitava muito" na prisão e que sente "gratidão pela generalidade dos reclusos". Aliás, chegou mesmo a fazer amizades por lá, embora tenha noção que é difícil, naquele "microcosmos", saber quem fala verdade ou mentira.

"O melhor que este país tem hoje são os presos. Talvez tenha tido sorte porque fui muito bem recebido na prisão da Carregueira. Nunca fui hostilizado. Toda a gente me respeitava muito e se me faltava alguma coisa todos me queriam ajudar. Tenho uma gratidão pela generalidade dos reclusos da Carregueira, sobretudo pelos do quarto piso. Proporcionavam-me tudo o que precisava", relatou .

Relativamente aos "reclusos VIP" da Carregueira, uma palavra especial para Vale e Azevedo, que "estava muito barrigudo". "Eu fazia marchas militares no pátio e ele fazia um esforço para me acompanhar. Portanto conversava muito com ele", contou Isaltino Morais, que também "conversava muito" com Manuel Abrantes e Ferreira Dinis pois estavam em celas próximas.

Mas foi no "outro universo de reclusos" que acabou por fazer "amigos", atestou. O ex-autarca disse, contudo, ter noção que "é muito difícil na prisão saber se as pessoas estão a falar verdade ou mentira porque elas criam as suas próprias ficções".

Isaltino Morais não deixou de repetir que viveu "talvez o maior massacre deste país" e que foi "condenado por convicção" sem prova nenhuma. "Aquilo que está na mente das pessoas é que roubei" e "a verdade é que tal mentira repetida tantas vezes meteu na cabeça das pessoas que o Isaltino é corrupto", acrescentou o ex-autarca.

Quanto ao regresso à política está, para já, posto de parte. "Não me passa pela cabeça, neste momento, voltar à política", reiterou Isaltino Morais, remantando que o que precisa agora é "de trabalhar", deixando ainda uma crítica à baixa remuneração dos políticos.

Manuel Almeida/LUsa | Observador | 28-05-2015

Comentários (4)


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1 - “O melhor que este país tem hoje são os presos”
2 - “é muito difícil na prisão saber se as pessoas estão a falar verdade ou mentira porque elas criam as suas próprias ficções”.
3 - (Uma conclusão possível) O melhor do país está naqueles que nos falam e quanto aos quais não sabemos se o que dizem corresponde à realidade ou é ficção.
alberto ruço , 29 Maio 2015 - 10:52:57 hr.
...

O visado é uma figura carismática da nossa sociedade, ajusta-se perfeitamente à nossa maneira de ver, de ser e de estar na vida. Não há dúvidas em como esta pessoa tem qualidades intrínsecas, por todos nós inconscientemente reconhecidas, para se apresentar como líder, seja na política, na alta finança ou na chefia de uma associação de benfeitores de dinheiros públicos (tipo banca e seus derivados, construção cível ou vendas a retalho).
Calatrava , 29 Maio 2015 - 12:28:01 hr.
Anormalidades
Esse tipo, além de ex-recluso por andar a abotoar-se, é um i****a que não merece qualquer consideração ou que se perca tempo com as suas i****ices.
Só outros anormais como ele irão voltar a votar em tal espécie.
Luis , 31 Maio 2015 - 14:56:37 hr. | url
...
Ó Senhor Luis eu já vi muitos anormais bem pior, fazerem pior.
Duarte Oliveira , 02 Junho 2015 - 18:44:28 hr. | url

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