Teófilo Santiago - Para desdita de todos os que se reveem no estado de direito democrático, como o conhecemos, os ventos que sopram lá de fora parecem ser de feição para aqueles que vêm defendendo soluções de natureza securitária/militarista como resposta à criminalidade violenta e aos terrorismos, em prejuízo duma resposta judiciária, que rotulam de frouxa e inadequada face a "novos desafios", como lhes chamam.
É produto de venda fácil quando o medo tolda os sentidos, face às imagens aterradoras da barbárie de assassinos fanáticos, acompanhadas por comentários alarmistas dos especialistas de todas as coisas. Não é fácil, nestes tempos, fazer prevalecer a razão e os valores que nos distinguem dos assassinos e os habituais "falcões de voo rasteiro" aproveitam a oportunidade.
"Tempos de brasa" que, apesar das qualidades pessoais justamente reconhecidas à ministra Van Dunem, serão aproveitados por alguns – de má consciência e ressabiados –, "mortinhos" por se verem livres de um modelo policial e judiciário que não controlam e por "meter na ordem" os que teimam em entender que todos são iguais perante a Justiça
Teófilo Santiago, Assessor de investigação criminal da PJ | Correio da Manhã | 11-12-2015
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