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REVISTA DE 2014

Cabo da GNR bate o pé e não perdoa multa a capitão

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Um militar da Guarda Nacional Republicana foi ameaçado com um processo disciplinar por não anular uma multa a um superior.

Segundo o JN, o comandante do destacamento de trânsito da GNR de Albufeira é acusado de ter ameaçado um cabo por este se ter recusado a eliminar uma multa por excesso de velocidade ao seu superior. O comandante seguia a 86 km/h numa via com velocidade limitada a 50 km/h.

Depois de ter pedido ao cabo que falasse com o seu sargento para arranjar uma solução, o comandante ameaçou. "Se eu tiver de justificar alguma coisa para Faro, vocês os dois estão com um processo disciplinar. Se tiver de fazer algum relatório, vai com tudo a que vocês têm direito!"

No entanto, é o comandante que está agora a ser alvo de um inquérito por parte do comando-geral.

SOL | 29-05-2014

Comentários (12)


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Pobre Cabo. Deste cabo da tua carreira. Portugal não é Reino Unido ou USA. Aqui sim, quem não cumpre e é apanhado paga e não tem direito a reclamar. Foi o que aconteceu à mulher do Tony Blair que foi apanhada sem bilhete no metro em Londres ( a senhora esqueceu-se, mas pagou pela infração) e foi assim que uma das filhas do George Bush, filho, teve que pagar por ter sido apanhada alcoolizada. Mas Portugal é portugal. Onde as leis são muitas para não exigentes no cumprimento por todo o infrator. Daqui não acreditar que a GNR instaure procedimento disciplinar algum ao homem dos galões, que infrigiu, mas sim e pela calada, vai investir sobre aquele que anda a trabalhar, neste caso o senhor Cabo. Poderia de chamar de Cabo de toma*** a tal atitude, mas os tomateiros não se medem pela mesma bitola nessa corporação ou noutra entidade cujo serviço é pago pelo contribuinte pagador.
Glossário , 02 Junho 2014 - 13:50:30 hr.
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É assim mesmo!
Li , 02 Junho 2014 - 13:52:09 hr.
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"Glossário":

Votei negativo o seu comentário. Só com um voto, porque é o permitido. Se pudesse dava-lhe 100 pontos negativos.
É a mentalidade derrotista como a sua - e, pior, a publicidade a ela feita, alegando-se que "não vale a pena", "deste cabo da tua vida" (coisa que também já ouvi muitas vezes, vezes demais) - que pode impedir que outros sigam o exemplo deste VALOROSO MILITAR que não se acobardou perante um superior que se revelou um exemplo de indignidade para comandar homens. Depois de ter feito o que o superior fez, a "P***ada" (na gíria militar = o castigo) para o superior, a dar como verdade o relatado no texto, deveria ser a expulsão da carreira militar. MAIS NADA!
No Japão não seria invulgar que um militar que fosse apanhado a fazer isto vestisse a farda de cerimónia, escrevesse à mão uma carta a pedir desculpa ao País e à Força a que pertencesse por ter envorgonhado ambos, e... se suicidasse. Não peço de maneira nenhuma tal coisa, mas se o Japão está num extremo, com tais códigos de honra que quem for apanhado a infringi-los sente que a sua vida deve acabar - é como lá se intepreta a Honra -,não podemos admitir que Portugal continue no extremo oposto. Fiquei chocado com o facto de alguém começar um comentário a um acto de rectidão, coragem, e exemplar respeito e aplicação do Direito com "Pobre Cabo. Deste cabo da tua carreira". A carreira, ainda que tivesse ido pelos ares, não é nada para quem a DIGNIDADE está acima de qualquer outra coisa. Percebe? Este militar encarna tudo, mas tudo o que a escola militar de mais nobre e honroso tem para transmitir aos que por lá passam!

Sim, este militar tem-os no sítio. É de homens como este que o País precisa.

Corre inquérito contra o superior nas instâncias militares. E o MP, vai investigá-lo pela prática de algum crime? Ameaças? Abuso de poder? Já há dois para a escolha.

Nota: eu solicitei a publicação desta notícia aqui na Revista InVerbis. Fi-lo para que mais pessoas tomassem conhecimento de que em Portugal ainda há homens com H grande.

Se este militar (sim, porque nesta história só há um militar; o outro é um arremedo, a ser verdade o que é dito sobre o seu comportamento: primeiro infringe grosseiramente uma norma do CE; depois ameaça quem o autuou. Que vergonha para um macho!) sofrer consequências desagradáveis, eu próprio e outros Portugueses ajudá-lo-emos dando apoio económico e moral.

Gabriel António Órfão Gonçalves ( gabriel.orfao.goncalves arroba gmail.com )
Um Português
Gabriel Órfão Gonçalves , 02 Junho 2014 - 23:56:40 hr.
E o burro sou eu?
Fui apanhado, há dias, a 168 km/h na A1.
Nada que me orgulhe, mas sou a mesma pessoa. Não sou um malfeitor por isso, melhor dizendo.

Mas de facto até fico gago: será que se eu tenho dito ao guarda que me perseguiu e apanhou "veja lá se o seu cabo arranja solução", eu me tinha safo?

Será que há solução para quem é apanhado em excesso de velocidade que não seja...pagar a coima e esperar pela sanção acessória e tudo o mais (bom, solução há: é a ANSR deixar a coisa prescrever, mas essa ainda vem nos livros)....

Agora: solução via "cabo" da GNR é que não sabia.

Experimento para a próxima...!

Se me calhar o "patrão de albufeira que tem medo de faro", será que 50 euritos são capazes de poder safar a coisa...?

Não sei não...

(e preocupam-se eles com os GNR que fazem strip...).

Aqui é que se vê quem é que vai nú!

O Rei... o Rei!
Luís Miguel Jesus , 03 Junho 2014 - 00:00:20 hr.
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Gabriel,
Fui militar e agente policial. Conheço bem as hierarquias. Sei bem o que as casas gastam. Mas adianto - na vida civil também há chefias bem piores que na militar. Em 1973 e como militar, o Comandante da unidade do quartel das Caldas da Rainha ameaçou-me com mobilização para a Guiné, Dei o peito às balas e fui parar a Angola. Nas forças policiais, de nada me valeu ser o primeiro nos cursos. Um dia alguém de galões ameaçou-me com um processo disciplinar. Respondi-lhe se ele sabia escrever eu também sabia. Livrei-me do tal processo disciplinar - porque não tinha razão de o ser, mas jamais me livrei da muralha que me barrou as promoções seguintes. Na vida civil, um dos meus superiores e porque precisava de mim, três meses após a minha apresentação disse-me que fora o melhor funcionário com quem trabalhou, mas ao fim de cinco anos já me queria expulsar da AP, mesmo com 30 anos de serviço. Mas como isto diz respeito ao que escreveu e sobre a coragem de quem trabalha nas forças de segurança e caso não saiba, recentemente na escola de Queluz-GNR, um senhor Tenente detetou uma anormalidade na secção administrativa. O caso, segundo os jornais englobou galões dos largos, anos passados o senhor Tenente continua Tenente...
Glossário , 03 Junho 2014 - 09:57:15 hr.
...
O tenente Carlos Coelho, oficial da GNR que denunciou irregularidades na Escola da GNR em Queluz, manteve ontem em tribunal as denúncias contra o ex-superior, tenente-coronel Manuel Pinheiro, que começou a ser julgado por dois crimes de abuso de poder e outros dois de participação económica.
Mantêm-se com a mesma patente e não vê o fundo do túnel...na progressão a capitão
Solário , 03 Junho 2014 - 10:13:58 hr.
Vil Cobardia!...
«... e preocupam-se eles com os GNR que fazem strip...)»

Pena que não se preocupem com aqueles outros de mérito acrescido, que andam em orgias, metidos no tráfico de droga, em negócios de prostituição, que ascendem na carreira por possuirem o mérito de descobrir as fragilidades aventaleiras dos superiores hierárquicos e ainda se dão ao luxo de canalizar COBARDEMENTE a resolução das suas frustradas pulsões sexuais para a família - PERSEGUINDO-A(!...) - de quem nunca lhes prometeu o que quer que fosse!...
Giulia , 04 Junho 2014 - 12:38:41 hr.
Dia D
A História escre-se por ciclos, é verdade...
Não somente os ciclos de perfídia ou do crime hediondo, mais ou menos organizado, mas também e sobretudo repetem-se e amplificam-se os ciclos da libertação dessa mesma perfídia, do submundo do crime, quantas vezes perpetrado por quem teria a obrigação de ser exemplar..

Siebzig Jahre bewiesen uz...
Still Alive , 06 Junho 2014 - 23:22:51 hr.
Será verdade esta noticia!? sera que é mesmo um capitão!?? Não quero acreditar no que li
Questiono veemente após ter lido varias noticias sobre esse acontecimento, se esse CAPITÃO da GNR, é mesmo da GNR ou do EXERCITO, porque custa a acreditar que um oficial dessa força de segurança muito conceituada possua um oficial que tenha cometido essas alegações, porque pelo aquilo que li e sendo essas noticias verdade! o mesmo assumiu um comportamento pouco ético, e segundo li ameaçou os outros militares com processos disciplinares, por eles serem competentes naquilo para o que foram formados, e de acordo com o que lhes é determinado, pelos seus superiores, por isso questiono será que o alegado CAPITÃO é mesmo oficial da GNR ou do exercito!!!????? ou só é capitão de nome próprio???
- Pelo aquilo que li o senhor capitão até tinha sido avisado que ia ser feito uma operação com radares no dado local, logo ele até já sabia no que incorria ao passar la com excesso de velocidade...
- depois sendo Oficial das forças de segurança ja deve saber que as multas de radar ficam registadas em suporte digital e que é supostamente impossível apagar ou safar......
- depois sendo um oficial esse senhor não sabe que o a única maneira de contestar uma multa é através de um impugnação para ANSR onde pode interpor defesa e testemunhas se o entender e aguardar decisão de quem de direito ...
Depois esse senhor não sabe que ameaçar os agentes não é o maneira alguma de resolver coisa nenhuma...
- A diplomacia e o dialogo e o conhecimento adquirido são essenciais para se debater os problemas, nunca maus modos e arrogância, por tudo isto não quero acreditar que tal noticia seja verdade, muito sinceramente não posso acreditar, porque se for verdade então que pais de direito democrático é este !!?=?????
Magistério , 16 Junho 2014 - 00:07:27 hr.
Ficamos perplexos com noticias destas
- Todos, nós, ficamos perplexos, com noticias destas, num estado de direito democrático jamais em tempo algum, um agente de autoridade, deve ser humilhado ou ameaçado, por desempenhar as suas funções para as quais foi formado e as quais lhe foram determinadas superiormente, e superiormente ser abordado por causa dessas mesmas funções e do seu serviço, dessa forma isenta de ética e ilícita, descrita segundo lemos nessa noticia.
Advogatum , 16 Junho 2014 - 00:17:38 hr.
Mais um CHEFE das forças de segurança a dar maus exemplos ........
- Mais um MAU EXEMPLO, a ser verdade a noticia, vindo de um CHEFE de uma força de segurança, curiosamente, tenho lido muitas noticias de CHEFES, a dar péssimos exemplos, é caso para dizer que havia de haver uma forma de esses chefes que abusam da autoridade e prevaricam e cometem ilegalidades, deviam ser despromovidos porque isso era uma lição de moral e ainda pior que os demitir, queria ver esse capitão da noticia no posto de cabo a dizer essas presumidas ameaças, que vergonha, tanta formação e apenas sabe lidar sem razão nenhuma, com os súbitos através de ameaças arrogância e prepotência ....
Magistrados , 11 Julho 2014 - 00:27:09 hr.
...
Numa noite, estando eu de patrulha numa das ruas de Campo de Ourique, avistei a ronda do lado oposto daquela que eu patrulhava. Estava sensivelmente a meio do turno e vou até à Esquadra. Qual foi a reação do subchefe de serviço? Disse-me apenas isto - estás lixado - o Comissário vai participar de ti. Respondi apenas isto - se ele sabe escrever eu também sei. Passado um mês sou notificado para responder ao inquérito. Comuniquei ao instrutor tudo o sucedido nessa noite mencionando como testemunhas os colegas que responderam a um alarme próximo do local da ronda. Passado uns dias, volto a ser chamado a secção de justiça para me informarem que os colegas não serviam como testemunhas - teria que formalizar outras testemunhas, caso contrário o castigo estaria eminente. Não necessitei de arranjar civis para testemunhar falsamente a meu favor - os acontecimento da noite e naquela hora em que passava a ronda, deram-me a conhecer a necessidade de ocupar os cidadãos. Um deles, quando questionado sobre o processo disciplinar instaurado contra a minha pessoa, questionou como ser possível?! Prontificou-se a testemunhar e a dizer-me que ficasse descansado porque o inquérito não levava a lado nenhum e muito menos a ameaças de punições. Efetivamente não fui penalisado neste modo operandi, mas fiquei com uma nódoa no processo que jamais me permitiu progredir na carreira. Não me adiantava concorrer e ficar apto a concursos. O problemas ficava-se pelos resultados intermédios. De que valia a um agente ser o melhor classificado nos cursos se depois os galões não saltavam para os ombros? Foi o que me aconteceu a mim e a outros em casos similares. Eu acabei por ter abandonado a instituição policial porque sabia que poderia andar uma vida na carreira sem direito a progressaõ.
Glossário , 11 Julho 2014 - 15:42:29 hr. | url

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