Um homem de 54 anos, habitante de Estremoz, assassinou, por volta das 16h00 desta terça-feira, uma advogada no escritório de advocacia onde ela exercia a profissão, no número 42 do Largo da República, no centro da cidade de Estremoz.
O homicida entrou no prédio pouco antes das 16h00, subiu ao primeiro andar e entrou no escritório da advogada Natália de Sousa, de 48 anos. Atacou a advogada, atirou-a ao chão e bateu com a cabeça dela repetidas vezes no chão, até a matar. O corpo foi encontrado no escritório ainda com alguns sinais vitais, mas as equipas de emergência não conseguiram salvar a mulher. Após sair do prédio o assassino foi detido por elementos da PSP de Estremoz.
As causas deste homicídio estarão relacionadas com um processo de divórcio que a advogada estava a acompanhar e no qual o agressor estava envolvido. Segundo revelaram alguns populares, o homicida era "desequilibrado e já tinha batido na mulher e nas filhas". A vítima, Natália de Sousa, era advogada de defesa da mulher e das filhas do agressor num processo de divórcio.
Alexandre Silva | Correio da Manhã | 06-05-2014
Comentários (8)
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Isto é mau de mais; andamos à procura de palavras para dizer algo, mas faltam-nos as palavras.
2.
Considerando a comunicação social, tanto quanto recordo, este é o segundo caso de homicídio no espaço de dois ou três anos, relacionado com um litígio judicial, tendo como vítima um advogado, levado a cabo pela «outra parte».
Parece tratar-se de um fenómeno novo.
O que se está a passar?
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É um crime qualificado e barbáro.
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Os Senhores Juízes devem condenar, como sempre o fizeram e ainda hoje o fazem, felizmente, nas penas que eles consideram adequadas e justas ao caso concreto. Não é por estar neste momento em causa uma Colega nossa que vamos despir a Toga e saltar para o outro lado da barricada, empunhando a bandeira do populismo e exigir pena de morte para quem pratica estes crimes, por mais hediondos que eles sejam (e de que de facto são, não tenho a menor dúvida).
Ao Colega sobre quem irá recair a defesa deste arguido, desejo que o faça consciente do dever que sob si impende de servir o direito e a justiça, e que não se deve deixar levar por ódios e paixões dos que o rodeiam, devendo pugnar sempre pela boa administração da justiça e impedir a violação dos direitos humanos, até mesmo de uma pessoa (monstruosa!) como a que está aqui em causa.
Aos ilustres comentadores, peço respeito por uma classe que tem algumas (bastantes!) maças podres, é um facto irrefutável, mas também tem profissionais que tudo fazem pela boa administração da justiça.
À família da Ilustre Colega, os meus profundos e sinceros pêsames.
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