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REVISTA DE 2014

STA rejeita providências contra o novo mapa judiciário

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O Supremo Tribunal Administrativo fixou jurisprudência a rejeitar providências cautelares contra o novo mapa judiciário, em vigor a partir de 01 de setembro, por considerar que não tem competência para "impugnação de atos" resultantes do exercício político e legislativo.

Na decisão a que a agência Lusa teve acesso hoje, o Supremo Tribunal Administrativo (STA) entendeu que a ação popular interposta por uma comunidade intermunicipal e um cidadão, que pediram a manutenção da Comarca do Alentejo Litoral - Santiago do Cacém, é "matéria a ser regulada pela via legislativa".

O STA admitiu a "incompetência administrativa" e "exclui do âmbito da jurisdição" do tribunal "a apreciação de litígios que visem a impugnação de atos praticados no exercício da função pública e legislativa".

Esta é a primeira decisão do STA, no que se refere à impugnação da nova organização judiciária, e sucede à do Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu, que, em maio, rejeitou as providências cautelares para obstar à extinção do Tribunal de Armamar.

Os autores da ação recorreram para o Tribunal Central Administrativo - Norte e o Ministério da Justiça apresentou já contra-alegações.

Também na primeira instância - nos tribunais administrativos de Aveiro e Mirandela - estão pendentes mais cinco providências cautelares contra o novo mapa judiciário.

O novo desenho divide o país em 23 comarcas e a reorganização judiciária implica o encerramento de 20 tribunais, com volume processual inferior a 250 processos por ano, enquanto 27 outros são convertidos em igual número de secções de proximidade.

Dos 311 tribunais atualmente existentes, 264 tribunais são convertidos em 218 Secções de Instância Central e 290 em Secções de Instância Local.

Lusa/Notícias ao Minuto | 05-08-2014

Comentários (2)


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Andamos a brincar aos processos e aos procedimentos cautelares
Brincamos a estas coisas mas não as estudamos bem, porque da trabalho...
E o resultado, que não podia ser outro, está à vista!
Hermano Mayor , 05 Agosto 2014 - 23:50:47 hr.
...
Isto parecia-me óbvio, menos para uns quants políticos locais populistas e para aqueles que têm escritórios em comarcas "deslocalizadas". Mas claro que aquilo que se apregoa são os direitos dos cidadãos a aceder à justiça (sendo que o que é distante para efeitos de ir ao tribunal já não o é para efeitos de ir ao shopping).

De todo o modo, eu não concordo com este modelo de reforma do mapa judiciário, sobretudo quando a nossa rede de transportes públicos não possui oferta condizente com estas mudanças.
Zeka Bumba , 06 Agosto 2014 - 15:57:53 hr.

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