As fortes chuvadas que caíram ontem em Penafiel provocaram inundações em várias secções do Tribunal de Penafiel, obrigando os funcionários judiciais a recorrerem, mais uma vez, a baldes, vassouras e panos para proteger os processos. Apesar de ter havido obras recentes no telhado, a situação continua degradante.
É um caso recorrente e arrasta-se há muitos anos, pelo menos, desde há quatro anos. Sempre que o inverno é mais rigoroso ou a chuva se intensifica, cria-se no Tribunal de Penafiel um verdadeiro pandemónio, nas várias secções judiciais.
Basta entrar numa das secções e repara-se logo nos buracos do teto. Uma das causas para a entrada de água está nas caleiras, sujas e entupidas, além de algumas telhas serem facilmente permeáveis à chuva.
O mais curioso é que o já houve obras de reparação, mas até ao momento não passam de pequenos remendos, facilmente permeáveis à chuva. Ontem de manhã, o cenário era catastrófico. Alguns funcionários garantem que terá sido das piores inundações de sempre, obrigando a recorrer a baldes, vassouras e esfregonas para afastar a água do chão, de modo a ser possível trabalhar.
Além da elevada quantidade de água que se espalhou pelas várias secções, houve muitos processos molhados, obrigando os funcionários a tentar secar alguns dos documentos. "Sempre que chove temos este problema grave, e isto arrasta-se há anos", lembrou ontem ao JN um funcionário judicial.
PORMENORES
Não há dinheiro
O JN sabe que, ainda há poucos dias, técnicos superiores do instituto de Gestão Financeira e dos Equipamentos da Justiça estiveram no Tribunal de Penafiel para avaliar a situação, mas não houve garantia de haver obras, alegadamente, por falta de verbas do próprio Instituto.
Sem sistema informático
Na época do Natal, foi contratado um empreiteiro para reparar parte do telhado. Além disso, o tribunal esteve um dia sem sistema informático.
Perguntas sem resposta
O JN tentou ouvir uma explicação de responsáveis do tribunal, mas até à hora de fecho da edição, ninguém prestou esclarecimentos. Se o mau tempo continuar, haverá nova inundação.
José Vinha | Jornal de Notícias | 06-02-2014
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