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REVISTA DE 2014

Portugal foi dos que menos beneficiou com a integração europeia

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Portugal foi dos países que menos beneficiaram da integração europeia, com um aumento de apenas 20 euros no rendimento anual "per capita", segundo um estudo da Fundação Bertelsmann que aponta a Dinamarca e a Alemanha como os maiores ganhadores.

O estudo, elaborado por um "think tank" alemão e publicado no início da semana, analisa o impacto económico resultante da integração no mercado único europeu em 14 países, entre 1992 e 2012, destacando que foi positivo, mas teve grandes variações entre países.

A integração no mercado único impulsionou o crescimento do PIB sobretudo na Dinamarca, que obteve um ganho médio anual de 500 euros "per capita", e na Alemanha (450 euros), enquanto nos países do sul o acréscimo foi significativamente inferior.

O aprofundamento da integração europeia significou para a Itália um aumento médio anual no rendimento de 80 euros "per capita", de 70 euros em Espanha e na Grécia e de apenas 20 euros em Portugal.

Abaixo de Portugal, com um acréscimo de 10 euros no rendimento anual ficou o Reino Unido já que o período de análise coincide, explica a Fundação Bertelsmann, "com um enorme passo para a desintegração europeia quando o Reino Unido abandonou o sistema monetário europeu.

Comparando o PIB "per capita" em 2012, com e sem os efeitos da integração europeia, a Grécia sai a perder (-1,3%), Portugal fica no fundo da tabela, a par da Suécia, com um ganho de 0,4%, enquanto a Alemanha encabeça a lista com um aumento de 2,3% do PIB.

A Grécia foi também o país que menos evoluiu em termos de integração europeia entre 1992 e 2012, sendo o único dos 14 que regrediu.

A Fundação Bertelsmann salienta que "um mercado único assente na livre circulação de bens, pessoas, serviços e capital desempenha um papel vital" na integração europeia, permitindo remover barreiras comerciais e tornando as importações mais baratas o que, por outro lado, dá mais poder de compra aos consumidores.

O principal objetivo do mercado único, que era o de trazer mais prosperidade aos cidadãos foi atingido, continua a Fundação, acrescentando que estes resultados devem encorajar a União Europeia a aprofundar o mercado único.

Jornal de Notícias | 31-07-2014

Comentários (7)


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Quem avisa...
Há quem tenha alertado para esta situação...
Mas há aqueles que sempre enganaram e continuam a enganar... E aqueles eu nunca são para ouvir... Né?
Hermano Mayor , 31 Julho 2014 - 23:03:05 hr.
...
O dinheiro entrou a rodos mas foi abocanhado apenas pelos do costume... que lhe deram sumiço.
Franclim Sénior , 01 Agosto 2014 - 00:58:09 hr.
...
Portugal continua na mesma mentalidade e funcionamento dos anos 30 do século passado,nunca se adaptou nem se vai adaptar á mudança,continua a ser um País pobre,desigual e corporativista que apenas conhece uma politica social e econômica:aumento de impostos,e vai acabar mal, com mais miséria,fantasmagorico com a perspectiva de uma futura saída do euro juntamente com o seu parceiro grego
de saida , 01 Agosto 2014 - 07:31:19 hr.
...
1.
Quando se constitui uma comunidade (seja de pessoas, associações ou países) há sempre uns que vão à frente e colhem os melhores frutos e os que vão na cauda ficam com os restos.
Só assim não seria se aqueles que vão à frente abdicassem da posição e dessem as mãos aos que ficam para trás, para caminharem lado a lado.
No presente, isto é uma utopia.
2.
A Alemanha após a 2.ª Guerra Mundial ficou destruída, mas com a ajuda dos capitais americanos e a força de trabalho dos emigrantes do Sul da Europa levantou-se em 20/30 anos.
Como foi possível?
Certamente por ter capital humano com saber científico e tecnológico que subsistiu apesar da guerra, tal como empresários e dirigentes políticos capazes de organizar os meios disponíveis.
3.
Por que razão os portugueses não conseguem fazer algo parecido, tanto quanto o permitam as riquezas do país e a dimensão da sua população?
Suspeito que a impossibilidade reside na atitude ou postura de quem nos tem governado ao longo da história, que se tem pautado pela ganância pessoal, familiar, grupal, em vez da promoção do bem colectivo.
Claro que o egoísmo tem vistas curtas e seca tudo à sua volta, em tudo.
Como é possível que pessoas remediadas fiquem ricas sem produzir, apenas porque se meteram na política?
Como é possível que bancos paguem milhões aos seus gestores, caiam na insolvência e o Governo injecte dinheiro dos contribuintes nesses bancos ao mesmo tempo que nega fundos para a educação de crianças e jovens ou para a investigação nas universidades?
Talvez esta postura, que vem de muito longe, explique a falta de frutos dos proventos do comércio na altura dos Descobrimentos, do ouro do Brasil ou dos fundos comunitários.
alberto ruço , 01 Agosto 2014 - 11:22:35 hr.
Olha olha!
Votei positivamente o comentário de Franclim Sénior pela evidente razão para todos os HONESTOS de que tem razão!
Curiosamente, um qualquer votou negaqtivamente sem sequer justificar em comentário o seu voto!
Algum alambazado da pança fácil sem dúvida...
Por outro lado, voto MAIS o comentário de alberto ruço, que sendo intemporal merece ser MARTELADO nas CABEÇAS DURAS DOS TUGAS!
Kill Bill , 01 Agosto 2014 - 21:20:39 hr.
...
Mui Prezado Sr. Dr. Kill Bill: obrigado!!! smilies/grin.gif
Franclim Sénior , 01 Agosto 2014 - 23:19:37 hr.
Mas ...
Vem aí «uma pipa de massa»
São vinte e tal mil milhões
Os ladrões erguem a taça
O povo cata tostões

Sr. Alberto Ruço
Ao contrário de Portugal na Alemanha os Tribunais Judiciais são órgãos de soberania e existe um Supremo Tribunal de Justiça que é mesmo supremo. Ao contrário dos portugueses os alemães reflectem e ajuízam sobre o exercício do poder, coisa que os juízes quando começam a ir para os tribunais superiores, talvez por influência daqueles juristas de mérito que são lá metidos, deixam de fazer.
Picaroto , 03 Agosto 2014 - 01:41:31 hr.

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