Marinho e Pinto ainda não se sentou no plenário do Parlamento Europeu e já muitos portugueses querem vê-lo lançar-se às próximas eleições - a todas, sem excepção. Onde se posiciona politicamente o ex-bastonário da Ordem dos Advogados, isso é outra questão. E sem resposta.
As escolhas dividem-se entre uma candidatura nas legislativas, no próximo ano, presidenciais em 2016, a nenhuma das eleições ou a ambas. E a maior parte (30,2%) escolhe mesmo a última opção. Marinho e Pinto deve estar na linha da frente para uma corrida à Assembleia da República já em 2015, mas, a ser eleito, não poderá aquecer o lugar. É que, passados alguns meses, há presidenciais e o ex-advogado é novamente convocado pelos portugueses para ir a votos.
Há também um grupo significativo de inquiridos (27,9%) que prefere ver o cabeça-de-lista do MPT ficar por Bruxelas e afastado das campanhas, pelo menos no futuro mais próximo. Dispostos a optar por uma das candidaturas, 16% consideram que um lugar na Assembleia seria o mais indicado, ao passo que 5,7% gostariam de ver o advogado seguir-se a Cavaco Silva em Belém.
Mas quem é Marinho e Pinto? Esta discussão devia anteceder tudo o resto, mas fica, neste caso, para segundas núpcias. Até porque, de acordo com o barómetro i/Pitagórica, quase metade dos inquiridos (47,6%) não consegue posicionar politicamente o eurodeputado.
Ao mesmo tempo que se opõe declaradamente à co-adopção de crianças por casais do mesmo sexo, o advogado dispara contra os interesses instalados no país. Nada que facilite a sua conotação com uma ou outra área política. Ainda assim, 18,6% dos inquiridos colocam Marinho e Pinto à "esquerda" e 18% colocam-no ao "centro-esquerda". Se a estes se somarem os 3,6% de participantes que consideram tratar-se de um potencial candidato de "extrema-esquerda", há um universo de 40,2% de inquiridos que consideram o ex--bastonário um político de esquerda.
A direita é um espaço menos natural para o eurodeputado. No centro-direita são, ainda assim, 6,1% de portugueses aqueles que revêem as posições do independente pelo MPT como sendo próximas, por exemplo, das ideias do PSD. À "direita", menos ainda: 4,7% de escolhas e, no limite inferior de escolhas, a "extrema-direita", com 1,4% dos votos.
Pedro Raínho | ionline | 10-06-2014
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Neste caso deve dizer-se: Albarde-se o burro à vontade do dono. É a democracia dos pequenitos a funcionar, como se foram grandes!
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