Dois sites da Administração Pública voltaram a ser, esta segunda-feira, alvo de ataques informáticos, segundo avança o Sapo Tek. Desta vez, foram as páginas da Internet da Gestão Integrada da Saúde e da Associação na Hora que estiveram na mira dos hackers. Os sites governamentais terão sido atacados por um utilizador indonésio, de seu nome d3b~X, de acordo com o site WebSegura.net.
Os danos do ataque só poderão ser confirmados após verificações de segurança, referiu David Sopas, responsável pelo WebSegura.net. "Não é 100% possível evitar todos os ataques", explica Jorge Alcobia, da consultora Multicert, especializada em segurança digital. "Alguns ataques são feitos por miúdos, que se querem gabar aos amigos", acrescenta. O consultor acredita que, para este tipo de ataques, "a segurança devia ser possível a 100%".
O trabalho de empresas como a Multicert é diagnosticar falhas na rede de segurança informática, corrigi-las e, caso as mesmas não tenham sido detetadas a tempo, fazer com que os ataques não voltem a acontecer.
De acordo com Jorge, "o que é preocupante é que os ataques que nem sempre vêm de fora", e são feitos por funcionários da empresa, visitantes ou pessoas com acesso a "informações privilegiadas", surpreendentemente fáceis de aceder.
"Fomos a um banco para uma reunião e podíamos ter entrado por ali a dentro, ligado o nosso portátil a um cabo de rede e tínhamos feito o que quiséssemos...", confessa o consultor, ao mesmo tempo que lamenta a facilidade com que "tudo pode acontecer" dentro das instalações de uma empresa. A facilidade com que qualquer pessoa com os "padrões normais da aparência" passa despercebida e acede às redes wireless "ou aos cabos de rede" é enorme, explica Jorge.
O consultor da Multicert explica que as empresas financeiras sempre tiveram "mais preocupações" a este nível de segurança por se tratarem de empresas "grandes e que movimentam muito dinheiro e em larga escala". São também elas "os principais alvos de ataques informáticos". Já os sites institucionais, geridos pelo Governo, "deviam ter, no mínimo, uma proteção contra pequenos ataques", reitera o especialista, apelando à "prevenção".
Correio da Manhã | 12-05-2014
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