A agência Lusa dispensou alguns correspondentes e o ministro da tutela justificou a decisão da administração de Afonso Camões: "Havia quem ganhasse mais do que os deputados por quatro peças por mês", disse Poiares Maduro no Parlamento terça-feira. As reações da Comissão de Trabalhadores não demoraram.
A CT repudiou as afirmações do ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional sobre a empresa e sobre os jornalistas da rede externa e anunciou que vai pedir com urgência uma reunião à tutela.
Em comunicado, a CT classifica de "irresponsáveis e ofensivas ao trabalho dos profissionais em questão" as afirmações do ministro da tutela e vai requerer com urgência reuniões a Poiares Maduro e ao presidente do Conselho de Administração da Lusa, Afonso Camões, por considerar que a situação da agência está longe do "equilíbrio".
Esta manhã, quando questionado pelos deputados que integram a Comissão Parlamentar de Ética, Cidadania e Comunicação sobre a rede de correspondentes internacionais da Lusa e a saída de alguns dos correspondentes da agência noticiosa, Poiares Maduro afirmou que "alguns dos contratos eram claramente elevados".
"Essa é uma questão que tem a ver com a própria gestão da empresa, mas o que me foi transmitido pela administração é que alguns dos contratos eram claramente elevados. Parece-me que alguns eram mais elevados do que os salários de deputados ou membros do Governo", disse o ministro, acrescentando que nalguns casos as pessoas só produziam "três ou quatro peças de jornalismo por mês".
Poiares Maduro acrescentou ainda que de acordo com a administração da agência noticiosa, "a cobertura nesses territórios continua plenamente assegurada."
Teresa Oliveira | Correio da Manhã | 23-04-2014
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