Existem grandes coincidências entre os "falhanços notáveis" da aplicação do programa original grego e os resultados do plano português, apontam hoje o Diário Económico e o jornal i, que exemplificam com a recessão mais profunda, o desemprego bem mais elevado, que furou todas as previsões, e a dívida pública acima do previsto.
Os "falhanços notáveis" do Fundo Monetário Internacional (FMI) no primeiro plano de resgate à Grécia incluem a recessão mais acentuada e longa que o previsto, a escalada do desemprego e uma dívida pública fora de controlo, escreve hoje o jornal i, que adianta que estes mesmos traços se encontram na realidade portuguesa.
Ontem, o FMI fez saber que fará uma avaliação ao resgate português, quando estiver concluído, semelhante à que fez esta semana ao primeiro programa da Grécia. O Diário Económico indica que este relatório sobre Portugal, que só deve ser publicado no final do próximo ano, até terá diferenças com o de Atenas, mas, entre os erros e problemas apontados no programa grego, existem alguns que têm um paralelismo claro em Portugal.
Nesta linha o jornal i aponta que quem acompanha a situação de Portugal de perto encontra grandes coincidências entre aqueles "falhanços notáveis" na aplicação do programa original grego e os resultados do plano português, nomeadamente os insucessos na retoma do crescimento económico e na sustentabilidade da dívida pública. E isto apesar de alguns sucessos como o regresso do País aos mercados.
É que a recessão portuguesa tem sido bem mais profunda do que o previsto e também a recuperação vai levar mais tempo a chegar. De resto, a consequência mais visível destes falhanços nas previsões é o nível "excepcionalmente alto" que o desemprego atingiu quer na Grécia quer em Portugal, arrasando todas as previsões, sendo que na Grécia a diferença supera os 10 pontos percentuais, face às estimativas, enquanto em Portugal a disparidade vai nos cinco pontos, aponta o i.
O jornal recorda ainda que, se na Grécia, a trajectória da dívida pública obrigou a um processo de reestruturação, em Portugal já se ultrapassou o limite que o FMI considera ser o patamar da sustentabilidade, de 124% do PIB.
Notícias ao Minuto | 07-06-2013
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