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REVISTA DE 2013

Medidas temporárias podem (afinal) ser definitivas

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Uma fatia de 3000 milhões de euros que consta da proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano resulta de medidas apresentadas e aplicadas anteriormente como temporárias. Acontece que, salienta hoje o jornal Público, o peso das mesmas é tal que as mesmas podem deixar de ser temporárias para definitivas.

Os portugueses enfrentam pelo terceiro ano consecutivo mais um 'pacote de austeridade', com os anunciados cortes nos salários dos funcionários públicos e nas pensões, ambos previstos no Orçamento do Estado para o próximo ano.

Apesar de estas e outras medidas aprovadas nos últimos dois anos terem sido apresentadas como consequência da crise que o País atravessa e, por isso, de caracter "temporário", "extraordinário", "excepcional" ou "transitório", o peso que elas representam nas contas públicas deixa antever o pior dos cenários, conclui hoje o jornal Público.

No caso particular do Orçamento para 2014, o jornal Público destaca que em vista estão medidas, com carácter temporário, estimadas em 3307 milhões de euros, cerca de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB).

Estes dados, salienta o jornal Público, provam não só o peso das mesmas como a dificuldade que qualquer futuro Governo terá em abandoná-las. O próprio Executivo, pela voz da ministra das Finanças, começou já a mudar o discurso, nomeadamente em relação ao corte nos salários dos funcionários públicos e nas pensões, estabelecendo uma meta a partir da qual os rendimentos serão repostos.

Em causa, destaca hoje o jornal Público, estão por exemplo: os sucessivos cortes nos salários; a sobretaxa de IRS; a Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES); o Imposto de Selo para imóveis e terrenos; a taxa adicional de 2,5% sobre os rendimentos dos mais ricos; a contribuição de 6% para a Segurança Social de beneficiários do subsídio de desemprego; o imposto sobre prémios de jogos sociais; o aumento da contribuição extraordinária da Banca e do sector energético.

Notícias ao Minuto | 22-10-2013

Comentários (2)


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Mas que dificuldade há em manter os salários dos funcionários públicos e as pensões de quem trabalhou uma vida? Um imposto de 2,5% sobre todos os salários, públicos e privados, o memso sobre o IRC de todas as empresas, sendo que sobre a EDP e energéticas, Bancos, Cabo, seguros e ect seria de 4% e as PPP inúteis acrsciam até aos 15% e já estava... E quem não tivesse lucro pagava o dobro disso sobre o volume de negócio, que assim começavam logo a aparecer lucros em todo o lado!


Sun Tzu , 22 Outubro 2013
...
Ora, se estas medidas forem implementadas por 999 anos, serão sempre temporárias, porquanto 999 anos não é a eternidade, que certamente irá bem para além do não muito longínquo ano de 3012...
Zeka Bumba , 23 Outubro 2013

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