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REVISTA DE 2013

Governo gere País como elefante em loja de porcelanas

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O antigo líder do PSD, Luís Marques Mendes, voltou a tecer duras críticas ao Executivo de Pedro Passos Coelho, reportando-se, em particular, ao não pagamento do subsídio de férias dos funcionários públicos em Junho, sobretudo atendendo ao facto de o primeiro-ministro ter garantido haver dinheiro para esse efeito.

O comentador político e antigo líder social-democrata, Luís Marques Mendes, referiu este sábado à noite, na antena da SIC, não entender a decisão do Executivo de Passos Coelho em só pagar o subsídio de férias aos trabalhadores do Estado em Novembro.

"O primeiro-ministro disse que não há problemas de tesouraria nem de liquidez", lembrou Marques Mendes, ora, assim sendo "se há dinheiro e se é igual do ponto de vista orçamental, porque não pagam tudo agora?", questionou.

Para o ex-presidente do PSD, "o Governo gere isto como um elefante numa loja de porcelanas, é tudo aos pontapés", acrescentando que esta postura decorre ou de "teimosia, ou de ressabiamento", em jeito de "vingançazinha face ao Tribunal Constitucional", ou mesmo "de falta de respeito pelas pessoas".

Até porque, entende Marques Mendes que o pagamento do subsídio de férias em Junho "era bom para a economia".

"O Governo irrita as pessoas desnecessariamente", prosseguiu o comentador político, pelo que, nesta senda, deu razão à oposição e, inclusivamente, ao secretário-geral do PS, António José Seguro.

Notícias ao Minuto | 16-06-2013

Comentários (4)


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...
Um dia sem a Função Pública
Fonte: http://www.correiodominho.com/...p?id=5171,
Autor: Joaquim Gomes, 27.05.2013

"Nos últimos dois anos tem sido desenvolvida, na sociedade portuguesa, a ideia de que a crise económica, que atravessa actualmente o nosso país, é uma consequência das despesas que o Estado tem com o funcionamento dos serviços públicos.
Nesta premeditada linha de actuação, criou-se a sensação que todos os organismos estatais e todos os funcionários públicos são responsáveis pela crise económica do país e, dessa forma, as medidas que têm vindo a ser tomadas neste período de tempo são uma indispensável necessidade. A culpa, claro, é dos ser-viços públicos e dos funcionários públicos.

Para desmistificarmos um pouco esta ideia, façamos esta pequena análise:
Imaginemos um típico cidadão português, de meia-idade, e com três filhos, estando cada um deles num nível de ensino diferente (Básico, Secundário e Superior).
Ao início do dia, este cidadão levava o seu filho mais novo ao Jardim de Infância da localidade. Ao chegar ao local, verificava que esse estabelecimento de ensino estava fechado. O que faria ele com o seu filho?

De seguida, tentava levar o seu filho para a Escola Secundária, e ao chegar ao local, deparava-se que essa instituição de ensino também fechada. O que faria ele?
Por fim, o seu filho mais velho deslocava-se para a Universidade, mas verificava que esta se encontrava encerrada. O que faria ele?
Nestes primeiros três exemplos, a resposta é simples: ou o pai teria rendimentos suficientes para colocar os seus três filhos em instituições de ensino priva-das, ou então teria de os deixar em casa.

De seguida, o mesmo homem queria deslocar-se a um Centro de Saúde ou a um Hospital e deparava que nem um, nem o outro, se encontravam abertos. Poderia sempre, como alternativa, recorrer a uma instituição de saúde privada, mas teria ele rendimentos para pagar as consultas e/ou tratamentos?

Entretanto, este cidadão teria de se deslocar a uma instituição de Finanças para resolver assuntos fiscais. Deparou-se que a mesma estava encerrada. O que faria ele?

Apercebendo-se destas dificuldades, este cidadão já nem sequer recorreu aos serviços da Câmara Municipal, à Biblioteca Pública ou aos transportes públicos, porque todos eles estavam encerrados.

Poderia continuar aqui a relatar vários exemplos de entidades públicas, às quais o cidadão aqui mencionado poderia recorrer e encontrar imensas dificuldades se as encontrasse fechadas. Mas, como é óbvio, não é necessário recorrer a mais exemplos, por-que estes são, creio, esclarecedores.

Importa, portanto, lembrar que as instituições aqui relatadas não funcionam automaticamente. Necessitam de edifícios e da respectiva manutenção organizacional, em diferentes recursos, para colocar o seu funcionamento ao serviço do cidadão. Naturalmente, as instituições exigem, também, recursos humanos que as façam funcionar.

Não restarão dúvidas a muitos que os funcionários públicos e as despesas de manutenção com as estruturas do Estado são necessários e indispensáveis. E não se trata de números elevados de funcionários públicos, pois estes apenas representam cerca de 13% da população empregada e, evidentemente, também pagam os seus impostos.

É de salientar ainda que nos últimos três anos, Portugal reduziu 23,6% nas despesas com os salários dos funcionários públicos, cortes superiores à própria Grécia!

Apesar de todas estas medidas, mantém-se na nossa sociedade a ideia de que ainda não são suficientes. E neste contexto imaginemos, durante apenas um dia, um país sem instituições de ensino, sem instituições de saúde, sem forças de segurança, sem tribunais, sem finanças, sem municípios, sem transportes... Esse país poderia existir? Qualquer um de nós concluiria que não.

Não quero aqui criar qualquer tipo de divisão entre as áreas públicas e as privadas, porque ambas são necessárias, ambas são indispensáveis ao funcionamento de uma sociedade democrática. A esta conclusão chega qualquer pessoa com algum bom senso. A não ser que se tratem de adultos, com mentalidade de adolescentes, como são alguns que ainda proliferam na nossa sociedade."

Maria do Ó , 17 Junho 2013
ahhhhh!
Há muito que alertei para o desmantelamento do Estado!
Afinal quem são os anarcas?
Pedro Só , 17 Junho 2013 | url
José Pedro Faria (Jurista) - Coisas óbvias
Um agradecimento à Sr.ª Comentadora Maria do Ó por nos ter proporcionado a leitura de um interessante artigo com origem num órgão de informação menos divulgado.

Noutro contexto, diríamos que aquilo que ali se pode ler é um conjunto de coisas óbvias.

Claro que as escolas públicas são essenciais, e que sem elas a esmagadora maioria dos cidadãos não poderiam pôr os seus filhos a estudar porque não teriam dinheiro para os matricular numa escola privada.

Claro que sem Centros de Saúde e sem Hospitais Públicos, a maior parte das pessoas não poderia ir ao médico. Escapariam os que pudessem pagar, sem comparticipações, a instituições de saúde privadas. Os outros estariam condenados à dor, sofrimento e morte.

Claro que sem forças de segurança pública, as pessoas seriam diariamente assaltadas, os estabelecimentos roubados, as mulheres e as crianças raptadas e violadas impunemente. Escapariam os que pudessem rodear-se de um exército privado.

Mas mesmo que um cidadão detivesse um ladrão em flagrante, não haveria tribunais para o julgar nem prisões para o prender.

E os exemplos seriam intermináveis, conforme salienta o articulista.

Este é o sonho do ultraliberalismo, que se confunde com a anarquia.

Isto parece uma conversa desnecessária. Mas não é Os ataques que têm sido feitos ao Estado e aos seus servidores são de uma boçalidade e de um primitivismo de tal ordem que, por vezes, faz falta dizer coisas simples.

Como em todos os processos revolucionários (estamos em pleno PREC ultraliberal) há um crescendo de ataques a alvos selecionados, sendo que, a partir de determinado momento, tudo pode ser dito e pode ser feito. É bom que as pessoas simples do Povo entendam que estão a ser enganadas por todos aqueles que estão a aproveitar esta boleia de um governo que só não é incompetente numa coisa: na missão de destruir o Estado e de arrasar a economia do nosso País.
José Pedro Faria (Jurista) , 17 Junho 2013
...
Primeiro os p******os, agora os paquidermes, caramba! haja respeito pelos profissionais e pelos animais! smilies/grin.gifsmilies/grin.gifsmilies/grin.gif
Quid Juris? , 19 Junho 2013

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