Estradas de Portugal vai alugar 250 carros para a utilização da administração e dos serviços. A três administradores foram atribuídos BMW série 3.
A empresa pública Estradas de Portugal vai gastar mais de 4,9 milhões de euros (IVA incluído) com a renovação da frota de carros. A empresa justifica a operação com o fim dos contratos de aluguer das atuais viaturas e garante que, graças ao lançamento de um concurso público, "será possível alcançar uma poupança de 2,2 milhões de euros ao longo do período dos contratos", que irão vigorar quatro anos. Entre as novas viaturas, contam-se três BMW série 3 já atribuídos ao vice-presidente, José Serrano Gordo, e aos vogais Vanda Nogueira e João Grade.
A renovação da frota é feita através de quatro contratos para o aluguer de 250 viaturas. Desses quatro contratos, apenas o contrato relativo a oito viaturas, onde estão incluídos os três BMW atribuídos à administração, está adjudicado. Os restantes três contratos (ver Pormenores) aguardam o visto Ho Tribunal de Contas, que deve ser concedido até ao final do ano. Os carros dos gestores foram renovados em maio, quando terminou o contrato anterior dos Mercedes Classe C. Com a troca de marca, José Serrano Gordo garante que a Estradas de Portugal conseguiu "uma poupança de 18% nos carros do conselho de administração."
A empresa diz que paga uma renda mensal de 670 euros por cada BMW, quando antes pagava 822 euros por mês por cada Mercedes. Ao presidente da Estradas de Portugal, não foi atribuída viatura, dado que António Ramalho ficou com o Audi adquirido há cinco anos.
A renovação da frota inclui ainda viaturas de representação usadas pelos colaboradores, automóveis de utilização partilhada, destinados a diferentes serviços, e carros de características especiais,para os trabalhos empresa. A Estradas de Portugal garante ainda que, através da renovação da frota automóvel, reduziu em 45, o número de viaturas alugadas e que atualmente utiliza um terço das viaturas que usava em 2008.
Quebra de 49% nos lucros no primeiro semestre
A Estradas de Portugal (EP) registou no 1º semestre deste ano, um resultado líquido de 14 milhões de euros, uma quebra de 49% em relação ao resultado apresentado há um ano. No mesmo período, as receitas operacionais caíram 29%, atingindo 623 milhões de euros.
A empresa garante que a nível da despesa foram conseguidos ganhos significativos, em especial na gestão dos contratos de conservação corrente e de outros fornecimentos de serviços externos.
PORMENORES CONTRATOS
Os dois contratos mais altos de aluguer dos carros têm preços de 1,64 milhões de euros e 1,55 milhões de euros. Os outros dois contratos custam 650 mil euros e 152 mil euros. A estes valores, acresce o IVA.
FISCALIZAÇÃO
A Estradas de Portugal diz que tem de conservar, requalificar e fiscalizar cerca de 14 mil quilómetros de rede rodoviária nacional..
António Sérgio Azenha | Correio da Manhã | 26-10-2013
Comentários (7)
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Ein Telegramm Für Dich
Vielen Dank! Ich bin höchst zufrieden.
Die Portugiesen sind immer freundlich.
Nochmals vielen Dank.
Aufwiederkaufen
Ihre Angela Mércal
Tradução:
Audi? Mercedes? BMW?
Muito obrigada! Estou muito contente.
Os Portugueses são sempre simpáticos.
Muito obrigada mais uma vez.
Até à próxima compra. [O original, Aufwiederkaufen, é um trocadilho com Aufwiedersehen, literalmente: "até à próxima vista".]
A vossa Angela Mércal
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Nota dos tradutores: (um jurista, um economista, um licenciado em inglês/alemão)
A compra de carros estrangeiros tem efeitos na balança comercial.
Quanto mais caros os carros, maior o efeito. Não tem aplicação aqui nenhuma curva de Laffer segundo a qual, a partir de certo montante, o efeito começaria a ser o oposto. Aqui o efeito é sempre o mesmo: é sempre a rebentar com a balança comercial.
...
Outros, têm 5 milhões para renovação da frota automóvel. Mas fico feliz, foi conseguida uma poupança.. Por momentos até pensei que a EP tivesse passado a entidade de capitais privados e/ou a empresa altamente lucrativa e sem "buracos financeiros".
Esta, e muitas outras, é tudo uma questão de prioridades.
E os funcionários públicos nem constam da lista, nem em nota de rodapé. Mas, sim, ninguém se esquece deles...quando servem de excelente e constante fonte de financiamento do Estado!
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