Marco António Costa (PSD) defendeu hoje que os cortes salariais no setor público são "transitórios e anualizados", porque estão inscritos na lei orçamental, e que em cada ano terá de ser tomada uma decisão sobre esta matéria.
Marco António Costa assumiu esta posição no final de um encontro com a UGT, na sede desta central sindical, em Lisboa, depois de questionado pela comunicação social sobre a ideia de que o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) hoje divulgado assume esses cortes como permanentes.
"Temos a interpretação que está apresentada no Relatório do Orçamento do Estado", contrapôs o coordenador e porta-voz da direção nacional do PSD, referindo que nas páginas 49 e 50 desse documento do Governo "está expresso que se trata de cortes transitórios e anualizados".
"Por isso é que estão numa lei orçamental. A lei orçamental vigora durante o ano respetivo. Portanto, essa é uma decisão que em cada ano terá de ser tomada", completou.
Sem se pronunciar sobre nenhum ponto em concreto do relatório do FMI hoje divulgado, o dirigente nacional social-democrata afirmou que o PSD vai analisar esse documento "com toda a profundidade", como faz com todos os outros relatórios, e depois tomará decisões com base "na conjugação das opiniões" que tiver recolhido.
Marco António Costa disse que "quem decide o futuro do país são os portugueses e os órgãos próprios do país" e relativizou a importância do relatório do FMI sobre as oitava e nona avaliações da execução do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal.
"Nós já tivemos vários relatórios do FMI que suscitaram muito debate na sociedade portuguesa, e aquilo que tem acontecido é que o próprio Governo e a própria sociedade portuguesa, através dos seus agentes políticos, têm encontrado o seu próprio caminho", considerou.
Lusa/ionline | 13-11-2013
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