O Ministério da Administração Interna, dirigido por Miguel Macedo, nomeou esta semana o ex-director da PSP, Paulo Gomes, para um cargo que até agora não existia e no qual vai auferir o triplo do salário, cerca de 12 mil euros, avança hoje o Diário de Notícias (DN).
O DN conta este sábado que o antigo director da Polícia de Segurança Pública (PSP), Paulo Gomes, que apresentou demissão após os incidentes registados na escadaria da Assembleia da República durante um protesto das várias forças de segurança, foi nomeado, pelo ministro da tutela, Miguel Macedo, para outro cargo.
Paulo Gomes será agora oficial de ligação do Ministério da Administração Interna na embaixada portuguesa em Paris (França). Um cargo que, conta o DN, terá sido criado especialmente para ser ocupado pelo ex-director da PSP e será remunerado mensalmente com, pelo menos, 12 mil euros.
O ministério de Miguel Macedo recusou tecer qualquer comentário sobre esta nomeação, tendo a notícia chegado aos responsáveis pelos departamentos internacionais das entidades tuteladas pelo ministro, através de email, na passada quinta-feira.
O documento, a que o DN teve acesso, foi remetido por Bruno Lai, da Direcção-Geral da Administração Interna, por indicação do director da área de Relações Internacionais, e a nomeação feita por despacho conjunto de Miguel Macedo e Rui Machete, ministro dos Negócios Estrangeiros.
O Ministério da Administração Interna tem actualmente, segundo o DN, oficiais de ligação em Angola, Bruxelas, cabo Verde, Espanha, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, em Paris, confirma fonte diplomática da embaixada, "há muito tempo que não havia este cargo", classificado pela mesma fonte como importante porque "as questões de segurança têm sido muito solicitadas".
Notícias ao Minuto | 14-12-2013
Comentários (14)
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De inteira justiça ... apesar do peso para o erário público.
Pois bem, desta vez, e atendendo a que os directores-nacionais adjuntos foram reconduzidos, ficavam a faltar elementos para (re)constituir o grupo da sueca.
Assim, claro que a escolha pela colocação em Paris foi de inteira justiça.
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Como os juizes ganham uma fortuna (e no meu caso em particular, em que a maioria dos arguidos que me aparece anda a receber o mesmo que eu) estou disponivel!
Vai ficar tudo na mesma, não sei para que serve a ASJP...
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Não há magistrados em cargos semelhantes? Não há magistrados com ordenados idênticos, em serviços idênticos, mas com outro nome, ou noutro lugar?
Claro que há, e todos sabem que os há.
Fica muito mal um magistrado vir para aqui comparar o seu ordenado com o deste senhor. Que troque o seu ordenado com o dele, mas troque também as responsabilidades (que sei que são muitas as dos magistrados). Este senhor não é um polícia qualquer, foi o Director Nacional da PSP. É o, não um!
Que há magistrados que trabalham, há muitos. Que há magistrados que fingem que trabalham, muitos há! Mas há, como há noutra qualquer profissão (com responsabilidades diferentes claro). Agora, um magistrado, vir comparar o seu ordenado com o do Director Nacional da PSP???? O Director Nacional da PSP, comandante de 22 mil homens, chefe máximo de uma instituição com 12 sindicatos, implantada em todo o território nacional, ilhas e por vários PALOPs, ganha tanto como o responsável dos helicópteros do estado. Ganha tanto como qualquer outro director geral. Como qualquer outro Boy. Isso sim, é injusto. Isso sim, é ingrato.
Se vai para França? que vá, que seja feliz, e que tenha sucesso. O que é que isso tem de espantoso? Quantas dezenas de militares e polícias (com postos mais baixos) não há nas mesmas condições? Quantos magistrados não há em condições semelhantes??
Por outro lado, não se percebe o porquê de tanto espanto, quando este senhor já lá esteve no passado. Ali, e noutros sítios, a maioria deles mais bem pagos do que o conheceu como Director Nacional da Polícia.
Sejamos pragmáticos, realistas, e justos (exige-se isso a quem vi aqui postar)
CHEFE Máximo de quê??!!
Os senhores oficiais na PSP, à excepção de alguns, apenas olham para os seus CV em detrimento de dos 22 mil homens que o senhor apregoou. Tanto lhes faz que as coisas rodem para cima, como rodem para baixo, desde que os seus os seus CV não sejam beliscados!!!! O senhor quer comparar um trabalho de responsabilidade, em que têm que ser tomadas decisões de grande responsabilidade que são as dos magistrados com pessoas como os os oficiais da PSP que pouco contributo, ou nenhum, dão à PSP!!!! Um comandante de Esquadra (Subcomissário) ainda tem que se preocupar com alguma coisa mas daí para cima diga-me o que faz uma classe dirigente excessiva como a da PSP?!!!!!!
Senhor NTR...também eu passei pela PSP o tempo suficiente para ver as decisões iluminadas que eram tomadas, a grande estratégia para a instituição em que o que conta são os CV dos senhores oficiais e tudo o resto é treta...mas como disse há excepções e essas nutro por elas grande respeito e admiração e com quem tive ainda a oportunidade de trabalhar e com quem aprendi muito e com quem ainda tenho fortes laços de grande amizade...mas são excepções infelizmente!!!!
Mas afinal o que se considera a real responsabilidade.
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