O Ministério da Justiça gasta diariamente 40, 10 euros com cada recluso. Segundo os dados da Direção - Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), saem diariamente dos cofres do Estado português, 572 mil euros. O custo médio de cada recluso resulta da soma das despesas com pessoal (guardas e pessoal administrativo), alimentação e outras despesas correntes.
Desde o início do ano, a DGRSP tem vindo a registar um aumento do número de presos. A 15 de agosto, registavam- -se 14 268 reclusos, sendo que 2601 se encontravam em prisão preventiva - 1909 dos quais à espera de julgamento. Do total dos reclusos, 94,30% são homens. A grande maioria dos detidos é portuguesa (cerca de 81%). Os dados da DGRSP revelam ainda uma sobrelotação das prisões portuguesas. Com capacidade para 6573 reclusos, os estabelecimentos prisionais têm atualmente 10 964 presos. Esta situação põe em risco os guardas prisionais.
Segundo o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), existem quatro reclusos para cada guarda. Jorge Alves, presidente do Sindicato, afirmou que "mais de 100 guardas prisionais se reformaram" desde janeiro. Atualmente existem "4400 guardas prisionais " e prevê-se que até ao final do ano se aposentem 140.
Inversamente, a população prisional tem vindo a aumentar, e a média de idades a diminuir - 35 anos. Esta situação causa muita preocupação a Jorge Alves, uma vez que "estes presos têm comportamentos diferentes das gerações mais velhas". No âmbito do combate à sobrelotação, a nova prisão de Angra do Heroísmo, com capacidade para receber mais de 200 reclusos, vai entrar em funcionamento brevemente.
Pedro Paquete Santos | Correio da Manhã | 26-08-2013
Comentários (4)
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É preciso contabilizar os custos dos processos-crime a que eles darão origem, os prejuízos para as vítimas, os danos sofridos pela Sociedade em termos de segurança, etc.
São 40 "euricos" que eu não me importo de pagar com os meus impostos.
De todo o modo, o custo deveria ser zero, até porque bastava por os meninos a "bulir" em atividades lucrativas para o Estado.
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Em alternativa, era pôr os criminosos a trabalhar. mas julgo que não seria tão divertido.



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