O presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) criticou a intervenção do bastonário dos advogados na abertura do Ano Judicial, considerando que Marinho e Pinto proferiu um discurso "político, panfletário e demagógico".
Mouraz Lopez afirmou, no final da cerimónia no Supremo Tribunal de Justiça, que as considerações de Marinho e Pinto, "não são assentes na verdade e no que no que realmente se passa na Justiça".
"Foi tomada uma posição pública e política que nada teve a ver com a Justiça", afirmou, acrescentando que "houve quatro discursos excelentes", referindo-se às intervenções do presidente da República, Cavaco Silva, da procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha Nascimento, e da ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz.
Ao contrário da intervenção "politizada" de Marinho e Pinto, o juiz Mouraz Lopes salientou que "os quatro discursos espelham, efetivamente, o que se passa nos tribunais portugueses e na Justiça, naquilo que é preciso mudar, nas críticas que o sistema tem".
O presidente da ASJP ressalva dos quatro discursos "o grande empenhamento na magistratura e nas profissões forenses", com atenção "o que se passa nas estatísticas e no que de importante se passa nos tribunais", assinalando que "é preciso distinguir a perceção da realidade", tal como sublinhou Cavaco Silva.
No seu discurso na abertura do Ano Judicial, este ano com duração mais longa do que habitual (cerca de duas horas), o bastonário da Ordem dos Advogados teceu críticas aos Julgados de Paz, e o excesso de alterações legislativas e vincou que as leis têm cada vez "menos qualidade".
Marinho e Pinto sublinhou que "não há excesso de garantias nas leis" e o que existe "são demasiadas vilações dos direitos dos cidadãos" e dos "direitos humanos".
Em referência à reforma na Justiça, o bastonário denunciou "a alteração de leis essenciais ao funcionamento da Justiça, com a finalidade de conquistar popularidade fácil".
"O que há em abundância no nosso sistema de Justiça é o fundamentalismo justiceiro de muitos magistrados e polícias, de alguns políticos e de demasiados jornalistas", salientou, acrescentando que "o que há em excesso em Portugal é humilhação pública dos arguidos, condenados ou não".
Considerou ainda que "o que há excesso é desrespeito pelos princípios do contraditório e da mediação, é desrespeito pelos cidadãos e pelos seus mandatários".
O bastonário da OA disse que recusa aceitar que "o Estado fuja dos seus próprios tribunais e procure arbitragens, onde, sintomaticamente, é sempre condenado".
Diário de Notícias | 31-01-2013
Comentários (12)
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Mas deixando o circo e passando para os discursos a sério, devo dizer, com pena, que não gostei do discurso de Noronha. Foi um discurso claramente político, e ainda para mais parecia saído da sede do PCP, ou pior, do berloque de esquerda.
A pior coisa que os Juízes podem fazer agora é deixar de ser árbitros e passar a correr atràs da bola para dar o seu chutinho.
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Porém, o discurso do PR foi, embora num registo mais elevado do que o do dito cujo, foi de uma pobreza franciscana e com alguns recadinhos patéticos para os magistrados (como aquele da repartição equitativa dos sacrifícios e a de arranjar forma de haver mais investimento estrangeiro: DEVE QUERER QUE SE PONHAM OS PROCESSOS DAS EMPRESAS À FRENTE DOS DOS DEMAIS CIDADÃOS) que bem poderiam não ter sido ditos.
Enfim, sinais dos tempos, sobretudo daqueles em que em Belém não mora ninguém (pelo menos que eu me aperceba...).
A poesia arrebate a alma
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista c*****o.
Serei tudo o que disserem:
ADVOGADO castrado não!
Lindo ....! Lindo:...Belo!!! Belo!!!
Critinices.
Patético, é o que ele é.
Censura
Nota do Administrador:
Sr. Comentador, o seu comentário está publicado desde as 15:20 hr, não tendo sido efectivada qualquer censura. Queira confirmar .
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http://www.ionline.pt/portugal...nto-pagou
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Jasus...
Se me puder esclarecer cara Maria do Ó...é que naquele escritório é tudo contra o BOA ou será só para inglês ver...
Miseráveis de nós os contribuintes...
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A dita sociedade com menos trabalho, será que se inventou um trabalhito extra?
Parece-me que sim...
Marinho...perdeu todo e qualquer respeito que tinha por si....
Vergonhoso...
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