Um acha que, nem mesmo por uma questão de boa educação e de respeito, precisa ouvir os outros. Ele é o centro do universo, encabeçando uma candidatura individual. Não necessita de uma equipa e, muito menos, de ouvir o que os outros têm para dizer. Pelo contrário, os outros é que têm de se calar e beber, gratos, as suas sábias palavras.
Já se percebe a vice-presidência autocrática que ele oferece. Não se trata propriamente da união dos juízes; será mais a unidade na sua pessoa
O outro anda meio perdido no universo. Não sabe falar e deixa-se enredar em provocações e questões menores. Será que tem ideias próprias, ou apenas debita aquelas que lhe passaram?
Não se percebe que vice-presidência nos oferece se democrática, participada e humanizada; se completamente desnorteada, sem rumo e de navegação à vista.

Não deram uma boa imagem da magistratura que pretendem representar.

O debate público em Portugal é ZERO.
Porque não há substância, há estratégia; Porque não há conteúdo; desloca-se para o "pessoal".
O Eça afirma-o:
*a mania é fazer belas frases, ver-lhes o brilho, sentir-lhes a música. Se for necessário falsear a ideia, deixá-la incompleta, exagerá-la, para a frase ganhar em beleza, o desgraçado não hesita... Vá-se pela água a baixo o pensamento, mas salve-se a bela frase”.
O analfabetismo continua pois.

Subscrevo as palavras do "socorro", mas mal por mal..., que Deus nos livre dos pequenos ditadores, arrogantes e autocráticos..., temo pelos dias que aí vêm se semelhante personagem for eleita para a vice-presidência do CSM.

O meu voto em branco já lá morava, mas este debate só veio reforçar esse sentido de voto. Entre um "piqueno adolfo" e uma "mão cheia de coisa nenhuma" (que alguns dizem ser um "diplomata", que, embora não seja manifestamente um "piqueno adolfo" não sei até que ponto terá "estatura" para defender a magistratura contra os "adolfos extraneus" que morrem de medo de que algum dia tenhamos uma magistratura judicial 100% independente) não há escolha possível.

Realmente. Triste figura - o cizentismo no seu esplendor ( casacos iguias, cinzentérrimos, apenas com umas risquitas brancas muito a medo...)