Teodora Cardoso diz que os cortes têm ido na direcção errada, porque têm afectado os mais qualificados, que são os que o Estado tem mais necessidade.
A presidente do Conselho das Finanças Públicas defendeu esta terça-feira a necessidade de profissionalizar a administração pública e de torná-la mais pequena.
"É preciso uma administração pública moderna e profissionalizada. Tivemos um período, que está em parte ultrapassado, mas não totalmente ainda, de administração pública politizada, sobretudo ao nível dos gabinetes", disse Teodora Cardoso, à margem do 5º Congresso Nacional dos Economistas. "É necessária maior profissionalização dos responsáveis. Por outro lado, também tem de ser mais pequena".
A economista explicou que durante muitos anos o País alimentou uma administração pública com actividades "muito burocráticas e pouco qualificadas, que alargaram a base sem alargar o topo". "Agora o que precisamos é de alargar e melhorar o topo, e também de reduzir a base. É difícil mas tem de ser resolvido", defendeu.
No entanto, Teodora Cardoso admite que os cortes implementados pelo Governo não têm ido nessa direcção. "Os cortes têm sido cortes horizontais, e têm afectado mais fortemente as pessoas com maior nível de qualificação que é a quem o Estado paga pior, em termos relativos, e de que tem mais necessidade".
A presidente do Conselho de Finanças Públicas acrescentou ainda que os cortes nas pensões de sobrevivência e nos salários da Função Pública "podem ser medidas necessárias ao orçamento".
"A reforma do Estado não é isso, é um processo mais global e demorado, que implica compromisso político importante que está muito para além da aprovação de um orçamento anual", concluiu.
Rita Faria | negocios.pt | 08-10-2013
Comentários (14)
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- Obviamente que sou a favor, que se ajude quem nunca tentou, se ajudar a si próprio, mas na justa medida, como por exemplo, através de instituições de acolhimento, senhas para alimentação e vestuário, mas nunca dinheiro, nestes casos para provada-mente alimentar vícios, e hábitos prejudiciais a própria saúde física e mental de quem os cultiva. Por outro lado se dermos o dinheiro gratuitamente, estamos a permitir o desenvolvimento da pratica de hábitos funestos e vícios, como o consumo de estupefacientes, alcoolismo, prostituição e a ociosidade, e claro a desenvolver uma crise económica sustentada entre muitos outros factores pela distribuição de divisas, que neste caso se dilui em eventuais subsídios de cidadãos que vão gastar o dinheiro na concretização dos seus vícios, digo isto porque sei de caos reais de cidadãos que gastam o subsidio em drogas, e outros que preferem ter um rendimento mínimo obrigatório a ter que trabalhar, o problema surge quando o dinheiro que devia servir para o bem geral, não chega para vencimentos condignos, para reformas para tratamentos hospitalares,e saúde para educação segurança para todos e de todos.
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Temos que valorizar os bons e recolocar os excedentes noutros serviços nem que seja a vigiar a floresta.
É uma matéria difícil e a qual este governo revela lacunas.
Mas temos que reformar a Administração pública, ter melhores funcionários públicos, ter menos mas bons...
Uma modesta opinião.
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Pessoas há que por imperativo de respeito por si próprias, deveriam perceber quando o seu prazo de validade está esgotado.
Esta ideia, que não é nova, esbarra na realidade diferente que temos. Por mais que julguem o contrário, temos gente a mais com qualificações elevadas, faltando quem no terreno possam executar as decisões superiormente tomadas.
O resultado são serviços de gabinete, sentados na secretária, com maior gravidade quando exercem funções com carácter de fiscalização ou policiamento geral.
E se eles não levantam o dito cujo da secretária, quem exerce a função?
Depois, os novos licenciados fazem corar o mais humilde funcionário de vergonha, tal a vaidade que manifestam, e a falta de conhecimentos que têm. Há licenciados sem emprego? Arranje-se forma de os colocar, mas este não é o rumo certo.
Seria interessante ver polícias licenciados a fazer patrulhamento, então não seria!
Respeitosamente
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2. Há um provérbio sim, chinês, que fala sobre peixes e ensinar a pescar; mas em nenhum momento nega a dádiva do peixe - pretende tão só reforçar a importância da transmissão do conhecimento.
3. Milhares de Pessoas desempregadas - e que toda a vida pagaram impostos, que não se resumem ao IRS - recebem apoios miseráveis e outras tantas não recebem nada - estão abandonadas à sua infeliz sorte. Enquanto isso, alguns fazem-se pagar com reformas de dezenas de milhares de euros, lucros obscenos e ordenados de milhões.
4. Mas a moda é bater nos pobres, sempre foi. E imputar-lhes vícios - quando na verdade a maioria nem dinheiro para pão, água e cama condigna tem.
"Não se aumenta a aflição do aflito".
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Todos sabemos que a AP tem bons e menos bons profissionais, mas o mal não está nos menos qualificados, está sim nas chefias, que apenas disfrutam do nome e não do conhecimento, daí as coisas funcionarem mal.
Também sabemos que há imensos FP, ditos licenciados que estão em gabinetes a servir de administrativos e há tantos, no entanto na folha de vencimentos o vencimento do administrativo pode chegar aos 1100€, na folha do licenciado administrativo pode chegar aos 3000€
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"Seria interessante ver polícias licenciados a fazer patrulhamento, então não seria!"
Não só há polícias licenciados a fazer patrulhamento como o há com mestrados e doutoramentos nas mais vastíssimas áreas do saber!!!!
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Pois, mas esquece-se de dizer que esses são os que já depois de estarem na polícia, obtiveram uma licenciatura à italiana, e não lhes foi concedida a requalificação como esperavam.
Vá lá, diga lá quantos é que entraram com licenciatura no curriculum.
A excepção à regra é a PJ, onde a admissão para inspectores apenas consagra licenciados.
De todo o modo, se são licenciados e estão na polícia a fazer patrulhamento, não é bom sinal, pois não?
Lembro-me sempre do que um colega mais velho me dizia: quem tem um curso e está na administração pública, foi porque não conseguiu arranjar uma coisa melhor no privado, e isso é sinal que a sua qualidade não é grande coisa. Olhando para os dirigentes que temos, sou obrigado a concordar com ele.
Respeitosamente
sangria de quadros técnicos
•por imite de idade, ou
•saída para o privado
Acabando por ficar em muitos sectores/departamentos/institutos etc
•os menos capazes,
•os "encostas",
•os menos dinâmicos,
•os à beira da reforma
•etc,
com a agravante que com saída daqueles, alguns destes ainda chegaram a chefes... !
Valha-nos nesse aspecto que com a crise que grassa hoje, a saída para o privado estancou.
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- Não é a sabedoria livresca, muitas vezes baseada em "marranços e copianços", necessariamente que edifica um profissional melhor! nem muito menos, um canudo!, existem muitos mais factores, e de maior relevância, que vão contribuir para se concretizar um bom desempenho, profissional, que meramente uma licenciatura. o mundo na sua generalidade é governado por licenciados, neste caso concreto e relativamente a questão colocada em epigrafe, administrativos, economistas gestores financeiros, contudo o resultado esta a vista de todo, resultado esse que todos conhecemos por CRISE e olhem que não é só económica, também é de valores, éticos, morais cívicos e mesmo espirituais.
Sr. Orlando Teixeira
Com os melhores cumprimentos
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Acredito que haja alguma coisa à italiana mas isso existe em todo o lado (a PJ não é excepção para nada nem é exemplo de nada!!!!) Hoje entram para a PSP pessoas já licenciadas e com mais que isso por isso a PJ já não é excepção e esse é um dos problemas!!!
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Conclusão: há licenciados e licenciaturas, há quem tenha necessidade de aprender estudando e outros que apenas se preocupam com a apresentação do canudo
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