Sousa Pinto - De um médico espera-se que previna e trate das doenças; de um jornalista que informe com credibilidade; de um juiz que julgue com independência. A confiança é primordial no relacionamento entre cidadão e instituições e um conceito onde nem sempre a percepção colhida representa a realidade.
O actual presidente do STJ, no discurso de posse, deu exemplos de distorções, de que aqui se deixa um: "Estudos com critérios científicos e rigor académico relativos às percepções sobre a justiça concluíram que as percepções são acentuadamente negativas nos que não tiveram contacto com a justiça, e positivas na maioria dos que recorreram à justiça." Reforçando - se a confiança na justiça, reforça-se a sua função de garante dos direitos dos cidadãos e de controlo dos excessos do poder.
A confiança alcança-se se todos cumprirem o seu papel: os profissionais da área, actuando com zelo e competência; os comentadores, políticos e jornalistas, comunicando com conhecimento e rigor; os cidadãos, adoptando postura crítica sobre a informação recebida; o poder político, respeitando o poder judicial.
Sousa Pinto | Correio da Manhã | 07-12-2013
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