Rui Cardoso - Sem surpresas, o objectivo mantém-se: castigar os que mais já contribuíram para a redução do défice, proteger os que menos o fizeram apesar do volume do encargo para o Estado (por exemplo, PPP e sector energético).
Não haverá verdadeira reforma do Estado, logo não haverá resolução do problema na sua mais profunda causa. Agravar-se-á a recessão e o desemprego.
A súbita febre igualitária do Governo ignorará que não há apenas um sector público e um sector privado, mas uma multiplicidade deles, só podendo comparar-se o que é efectivamente similar? Se esta vontade for genuína e se, com seriedade, comparar salários entre sectores similares, terá o Governo de aumentar significativamente os salários dos profissionais mais qualificados no sector público. Fá-lo-á? Claro que não. A igualdade só será convocada quando for conveniente.
Daqui a uns meses teremos novo plano. Seguramente com o mesmo objectivo e, claro, com o mesmo resultado.
Rui Cardoso, Presidente SMMP | Correio da Manhã | 06-05-2013
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