António Oliveira - Desde que alguns economistas se apoderaram do poder e nos têm (des)governado, os valores que regem uma sociedade solidária, justa, homogénea e unida têm sido estilhaçados.
Hoje estamos no tudo vale. Vale a lei do mais forte. Vale dividir para melhor reinar como fizeram sempre os tiranos, público versus privado, trabalhadores versus reformados, Tribunal Constitucional versus Governo, grandes grupos económicos versus pequenos empresários, jovens versus idosos, etc, para justificar escolhas desonrosas, desonestas.
As pensões na Alemanha beneficiam da proteção constitucional da propriedade pelo que ninguém pode ser delas privado sem indemnização. Se se trata de decisões imprescindíveis para reduzir o défice e pagar as dívidas, então que toque a toda a população portuguesa e não somente a um grupo reduzido que teve um dia a infelicidade de trabalhar para o Estado.
Sabe-se pertinazmente que temos funcionários a menos (12%) que a média da União Europeia (15%) e a despesa com os vencimentos é (10,5% do PIB) inferior à União Europeia (10,8%). Que se retire uma taxa extraordinária a todos os portugueses, trabalhadores e pensionistas com património compatível com esta medida. Só assim esta seria justa (...).
António Oliveira, Lisboa | Expresso | 19-10-2013
Comentários (4)
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a economia, jovem ciencia social, que parece transformada ou em quase-matemática ou em astrologia, tem estado ao serviço da economia-fantasma e tem esquecido a economia real nos eua e na europa.
o resultado está bem visivel.
seria muito bom para todos nós e para a economia, como mera ciencia social que é, que tivessem várias cadeiras anuais de direito e de economia política.
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O problema não está na profissão: está nas pessoas.