Fernando Jorge - As medidas agora anunciadas pelo Governo, sobretudo as que apontam para despedimentos na função pública e os cortes nas pensões, são o prenúncio da morte do Estado Social.
Se as obrigações do Estado em assegurar serviços de qualidade em áreas como a saúde, educação, segurança social e também nos domínios da segurança e da justiça forem reduzidos ainda mais, é a existência desses serviços que deve ser posta em causa. De facto, se o Estado não assegura
com a dignidade mínima esses serviços aos cidadãos, então é legítimo questionar para que servem os impostos (brutais !) que pagamos. Haja a coragem de assumir que os impostos sugados aos contribuintes servem para financiar os bancos, pagar os escandalosos juros dos empréstimos à "amiga" troika e "ajudar" os grandes grupos privados.
Nos tribunais, a medida das 40 horas só pode ter uma reação: 40 horas ?! OK! Mas nem mais um minuto! É que desde sempre que nos dispusemos a trabalhar muito para além do horário, sem nunca receber horas extraordinárias!
Fernando Jorge, Presidente SFJ | Correio da Manhã | 07-05-2013
Comentários (1)
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Quem o quer, suba impostos para o pessoal fugir: 160 países e territórios fazem o melhor para tratar bem o capital.
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Erro crasso: Os Tribunais não fazem parte do Estado Social. O Estado Social é o que qualquer indivíduo pode fazer: educação, saúde, pensão.