Diamantino Pereira - Ao longo dos tempos e com o intuito de se vencerem eleições, promete-se o que, nalguns casos, já se sabe não se poder cumprir. Tal sucede ou por ignorância da realidade do país, ou por fúteis compromissos, ou ainda por outros insondáveis motivos!
Todos conhecemos o interminável rosário de promessas não cumpridas. Enunciá-las torna-se-ia fastidioso.
Agora e a bem da economia, da eficiência e da eficácia, está na calha a reforma judicial. Reforma esta que já devia de estar em vigor, porque a legislação, recentemente publicada e aplicada, já contempla um novo figurino judicial que afinal inexiste! Abençoada incompetência!
Esta quadra Natalícia poderia ser propícia à reflexão, se o cidadão fosse a preocupação permanente.
Porém a realidade é outra tratando-se os cidadãos como se fossem meros números; os nascituros nascem nas ambulâncias; os seniores desprezados; os Tribunais vão encerrar. Tudo isto para além de outros "magníficos" e conhecidos cenários.
Vivemos a tipicidade constante dos países subdesenvolvidos, onde se vive nos limiares de qualquer coisa atentatória da dignidade humana, e onde cada vez existem mais encargos penalizantes sempre para os mesmos, deixando incólumes mordomias tradicionais e contratos generosos.
Houve um ilustre cidadão que pensou em propor uma redução significativa do vencimento dos governantes e afins! Era por aí que tudo o que desabou sobre os mesmos sacrificados, deveria ter começado. Afinal nada melhor do que um bom exemplo para se conquistar alguma compreensão do eterno mexilhão!
Diamantino Pereira, Jurista | Correio da Manhã | 28-12-2013
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