O "capitão de Abril" Vasco Lourenço considera que uma guerra na Europa é inevitável, se esta se continuar a "esfrangalhar", e defende a rápida saída de Portugal do Euro, preferencialmente em conjunto com outros países na mesma situação.
"A Europa vai esfrangalhar-se, vem aí a guerra inevitavelmente", disse, referindo--se à "destruição do estado social" e à "falta de solidariedade que está a haver na Europa".
O presidente da Associação 25 de abril, em entrevista à agência Lusa, recordou que a Europa tem atravessado o maior período de paz da sua história, desde a Segunda Guerra Mundial, o que só foi possível graças à conquista pelos cidadãos do direito ao Estado social, à proteção, à saúde, à educação e à segurança social.
Recorrendo à fábula da rã que é cozida sem dar por isso, porque está dentro de uma água que vai aquecendo aos poucos, Vasco Lourenço não tem dúvidas de que é preferível a rutura do que "deixarmo-nos cair no abismo para onde este Governo e a Europa nos estão a atirar".
Como alternativa aponta a saída atempada e programada da União Europeia e do euro, manifestando esperança de que haja condições para Portugal ser capaz de se ligar a outros países nas mesmas circunstâncias e tentarem encontrar soluções coletivas.
"Se possível seria ideal sairmos com outros países, porque as dificuldades serão muito maiores se sairmos isolados. Agora se houver um conjunto de países que estão em dificuldades que se unam e concertem a sua saída do euro, é capaz de ser muito melhor e dá-nos a possibilidade de darmos a volta por cima".
Reconhecendo que não será fácil conseguir essa articulação, Vasco Lourenço mostra-se convicto de que muito provavelmente os outros países em situação semelhante à portuguesa estarão a discutir o mesmo tipo de possíveis saídas.
"É preciso juntar esforços e chegar à conclusão que todos teremos a ganhar se unirmos esforços dos vários países contra quem está neste momento a ocupar-nos não militarmente, mas financeira e economicamente", disse.
Lusa/Luís Manuel Cabral | Diário de Notícias | 01-11-2012
Comentários (18)
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E a Europa, pá, não me assusta. Nós vamos mobilizar-nos, hein, para a guerra, pá, vamos marchar sobre a Alemanha, pá, porque esses boches não me assustam, pá. Entramos pela Alemanha adentro, pá, e ninguém, hein, ninguém nos pára. O que é que o exército alemão pode fazer, hein, contra as nossas chaimites, pá ? E contra a nossa aviação militar, hein ? E as G3, pá ? Aquilo vai ser só esburacar nazis, pá.
Não me lixem, pá. Nós conquistamos a Prússia, ehhh, quer dizer, a Alemanha, pá, em 2 meses, pá...
Perceberam ?
Pá...
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Os portugueses são assim, estão mal habituados: querem sempre rupturas quando não estão satisfeitos.
Veja-se o caso futebol (o melhor espelho da alma do português típico): quando corre mal, querem logo a demissão do treinador, a convocação de eleições antecipadas, e outro belicismos do género.... como se a ruptura, por si só, resolvesse alguma coisa....
se sairmos do euro (ou se corrermos com a troika) e mal começar a aparecer o caos, logo aparecerão alguns destes espertalhaços (talvez não exactamente este coronel tapioca) que agora passam a vida a dizer que temos de "mandar passear a troika" a protestar, desta vez, que "temos de pedir um empréstimo aos nosso parceiros e aceitar as condições deles".
Essa de sair do euro vai ser bonita.... no início vão ficar todos contentes porque os 4.500 euros da remuneração limpa vão passar a 900 contos e vão ter aumentos de 5% ao ano.... mas depois quando derem conta que o litro de gasolina rapidamente vai chegar a 2 contoa ou mais, aí é que vão ser elas...
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Sempre com o argumento do costume, se sairmos do euro é o caos, não há dinheiro, blá, blá, blá...
Tirando alguns previlegiados, a esmagadora maioria com «cartões laranjas ou rosas», o caos e a falta de dinheiro, mesmo estando no euro, já existe, ou o mais de um milhão de desempregados, o mais de um milhão de reformas abaixo de 500 euros, o milhão de trabalhadores com o ordenado mínimo, os milhões de pessoas com empregos precários, com contratos de um mês, uma semana?! e até um dia!!!, não contam?
Será que só quando chegar ao bolso dos «comentaristas» acima e outros como eles, é que se pode considerar caos.
É muito fácil aceitar austeridade (roubo) de barriga cheia.
Primeiro estranha-se e depois entranha-se
Mas há hoje uma série de factos por todos aceites que há um ano atrás estava apenas nas bocas dos loucos...
O melhor é não «empranhar» pelos ouvidos, isto é, não dar por certo o que incerto é e usar as celulazinhas cinzentas para ir somando dois mais dois...
Um xi...
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Por mim, estou farto de ser carne para canhão dos alemães e dos seus lacaios portugueses (os novos Miguéis de Vasconcelos, agora ao soldo dos alemães).
O problema do DFA Vasco, ex-motor da revolução, deve ser já o reumático generalizado...



Ó Vasco depois daquela "descolonização" virtuosa não achas nada estranho tanto preto já "português"?Pá a continuar assim ainda te vão mobilizar outra vez para a guera de guerrilhas pá...embora agora seja só cá dentro...
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Então sairemos do Euro e dps? Vendemos os nossos produtos e compramos ao escudo sem protecçaõ dos investidores?
Zeka você é algum bruxo?
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Os «retornados» nunca aceitaram o facto de lhes terem tirado os escravos negros, é por isso que muitos defendem esta política de austeridade, (roubo), na esperança de arranjarem de novo escravos, mas desta vez brancos.
Qual é o problema em sairmos do euro? Viveríamos mal? E agora, vivemos bem? Pelo menos livrávamo-nos dos agiotas.
Temos que seguir o exemplo da Islândia.
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Lembrando que o país continua não ser solvente... Isto é, o estado continua a não receber o suficiente (de impostos e quejandos) para pagar as despesas... (em 2013: Despesas do OE - 77milMilhões, Receitas do OE - 70milMilhões) não percebo sinceramente como querem mandar a troika embora. A menos que não queiram receber ordenado de certeza.
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País não solvente!
Aos que tanto «atacam» os salários dos outros lembro que ainda se não mexeu nos desperdícios pagos aos advogados do «peço justiça»... Mas esse dia tb chegará. Não perdem pela demora; ela até já tarda.... Só nessa altura se irão sentir irmanados com os que já viram os seus salários assaltados. Cá estaremos para os confortar com a luva branca.
Os "escravos" pretos seguiram os seus "retornados"



Por isso e para acabar com "mamas" deve tornar-se a fazer uma nova "descolonização" que deixe a "escravidão" só para brancos...
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http://www.wook.pt/ficha/o-novo-paradigma-do-investimento-imobiliario/a/id/10398698
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Coisa estranha este meu País
A quem quer sair do euro eu digo, indique o caminho e esclareça as consequências. Não saberá, claro.
Não seria mais fácil um movimento social que depusesse estas marionetas que nos governam e bolsam leis? Acaso alguem pensa um momento sequer que não seria possível a constituição de um governo fora da obediência partidária? Não seria possível o diagnóstico das causas internas (gatunices umas atrás das outras) da nossa situação? Não seria possível fazer com que os gatunos devolvessem o que roubaram ou cadeia? Não seria mais fácil desta forma convencer os outros de que somos gente de bem capazes de fazer justiça e trazer os bois no rego? Claro. Assim é que não.
Quanto à guerra na UE não se excitem. O conflito que virá não será entre países mas entre classes. O sonho destes e*********os que actualmente dominam a UE é o regresso a duas classes: a nobreza e a plebe. O clero dispensa-se porque já tem poucos membros. O que resta pertence à nobreza. Não se trata de nobreza de sangue, mas de dinheiro. A "nobreza" da finança. Abolida a classe média, o confronto será inevitável entre os dois estratos que restam. Em todos os países da UE. O que daí resultará logo se verá.
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