Têm entre os 30 e os 40 anos e desde 2008 que terão feito centenas de burlas em todo o País. Os quatro cidadãos, dois homens e duas mulheres de nacionalidade romena, conseguem sempre escapar impunes e vivem à conta do Rendimento Social de Inserção (RSI). Só um dos casais recebe mais de 700 euros, a que se juntam 140 euros pelo facto de terem uma filha de três anos.
Ontem à tarde, o grupo tentou ludibriar o dono de uma frutaria na avenida do Conde, em São Mamede de Infesta, Matosinhos. Foram levados pela PSP e libertados. Horas depois, foram apanhados novamente na Senhora da Hora.
"Tentaram enganar-me mais uma vez. Entraram duas mulheres, os homens ficaram no carro. Elas compraram abacaxis e deram-me uma nota de 100 euros para pagar. Dei-lhes o troco, mas começaram a dizer que queriam notas mais baixas. Neguei, pois já conhecia o esquema, já tinham posto parte do dinheiro que lhes dei ao bolso e ainda queriam os 100 euros de volta", contou ao CM José Santos, dono da Galeria de Fruta.
A PSP de São Mamede de Infesta levou de imediato os dois casais para a esquadra. Tinham mais de 800 euros e sacos com diferentes bens, cujo valor está avaliado em mais de mil euros. Quando questionados sobre a origem dos produtos, os burlões não hesitaram: apresentaram os papéis que comprovam que recebem o rendimento mínimo e disseram aos agentes que tinham comprado tudo à conta do dinheiro que recebem todos os meses do Estado.
Sem provas, a PSP teve de os libertar mas, horas depois, aqueles foram apanhados na Senhora da Hora, Matosinhos, onde já tinham tentado um novo golpe.
Ao que o CM apurou, os quatro burlões, que actualmente vivem em Santa Maria da Feira, têm já quase uma centena de processos em várias zonas como Tavira, Faro, Barcelos, Santarém, Braga, entre outros locais.
AGENTES DA PSP RECEBEM MENOS QUE BURLÕES
Os agentes da polícia não esconderam a revolta quando viram que o casal de burlões recebe, no total, do Estado, mais de 840 euros, uma vez que nas esquadras de todo o País existem elementos que ganham muito menos de salário mensal.
Ao que o CM apurou, a filha do casal, de três anos, já nasceu em Portugal, motivo que os leva a receber o dinheiro. Nunca tiveram qualquer ocupação profissional e passam os dias a viajar por várias localidades e a enganar lojistas.
Ana Isabel Fonseca | Correio da Manhã | 15-04-2012
Comentários (24)
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Das duas, uma, ou o que eles recebem não é RSI, apenas, ou a sr.ª jornalista enganou-se nos valores.
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2. Há uma grande diferença entre os valores indicados na notícia e os verdadeiros publicados no sítio web da Segurança Social, http://www2.seg-social.pt/left.asp?03.06.06
a) Uma criança recebe no máximo 94,76 euros de RSI, muito abaixo dos 140€ referidos na notícia.
b) Um casal recebe no máximo 322,18 euros, muito aquém dos 700€ referidos na notícia.
3. Estranho que os burlões passem impunes há 4 anos. Aliás, não fossem beneficiar de RSI e se calhar nem havia notícia.
4. Quanto a viverem em Santa Maria da Feira... é uma terra de Pessoas de bem sem culpa de por vezes ser mal frequentada.
Cumprimentos

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veia racista ?
Zeca?
Eu (e penso que o caro Franclim também), estou-me a marimbar para a minguadas esmolas comidas pela ciganada e afins!
Dou importancia sim aos MILHARES DE MILHÕES mamados pela "gente de bem" que é SISTEMÁTICAMENTE ABSOLVIDA pelo sistema de justiça a que o meu caro pertence!
Há Um ditado bastas vezes repetido pela minha sábia avózinha que dizia:
Quem não se fartou ao comer, não se fartará ao lamber!
Ora o meu caro parece-me TÃO preocupado com as lambiduras (o RSI) esquecendo os pratos principais que fico sempre convencido se esse viruzinho racista não necessitará de tratamento!
E não ! Definitivamente não me preocupa nada que esses "marmajões" andem a viver dos meus impostos!
Preocupam-me sim os marmajões que a "sua classe profissional" absolve desviando depoisas atenções para a marmanjada "escura "ou "roma"
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A INVASÃO SUBSIDIADA.PARA CONSTRUIR O



O Estado Social está de pedra e cal.E não faz discriminações.Venham romenos, africanos,paquistaneses e como dizia Camões " das mais desvairadas paragens"Nós pagamos.Os médicos pagam a cura dos doentes, os professores os alunos que ensinam,a "justiça" as garantias totais que tanto a embaratecem.Bem os grandes arquitectos, os tais que se fartam de polir pedras lá no templo, esses têm a faca e o queijo na mão

E devemos acima de tudo "misturar-nos", cumprir o plano traçado pelos pensadores internacionalistas salvadores do planeta, enquanto não são descobertos outros habitados na galáxia...
ps
O Pedro Só inspira-me...
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Ora, a mim não me interessa nada se são ciganos e, do mesmo modo, não me interessa rigorosamente nada qual o valor exacto do RSI que receberão. Que fique bem claro.
Interessa-me, isso sim, que tudo indica serem gente que não trabalha, que dedicam o seu tempo a enganar os outros e que, ainda por cima, recebem um subsídio que sai dos impostos pagos por gente honesta e que trabalha. 10 euros que fossem e eu já me sinto roubado. Não por ser muito mas por ser pago a quem o não merece. Mesmo que seja a português com séculos de lusitanidade atestada.
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Já lho disse várias vezes, mas repito: TÃO MAUS SÃO OS POUCOS QUE ROUBAM MUITO COMO OS MUITOS QUE ROUBAM POUCO (E SÓ ROUBAM POUCO PORQUE NÃO PODEM ROUBAR MAIS).
Tanto uns como os outros vão-me ao bolso e eu não gosto!
Quanto às absolvições sistemáticas, mais uma das razões que me levou a optar pelo cível de baixo valor, quando prefiro o Dir penal a léguas...
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Não, não me choca; são casos esporádicos que estão muito longe de corresponderem a uma prática comum. Choca-me sim a fome e a miséria, que em muitos casos o RSI pode evitar.
Cordiais saudações.
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Depois há crise, não há dinheiro para nada... o problema é a má distribuição dos recursos....
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Agora, o que me deixa em colapso é a total inoperancia do sistema judicial em lidar seja com “marmanjões-pseudo- gente bem”, seja com romenos que recebem o RSI que entram e saiem das esquadras, livremente, tipo processo administrativo, para logo a seguir serem novamente apanhados a praticar o mesmo tipo de crime!, tendo já a correr algumas dezenas de processos de Norte a sul do Pais!... tudo a expensas do erário Público, claro!.
Por este desandar não se admirem com o retorno aos linchamentos públicos
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dissertações/ divagações
Penso já ter esclarecido em qualquer outra tertúlia nesta revista, que de facto, as minhas relações com a tal "etnia" cigana são fundamentalmente académicas. As minhas conclusões são simples:
Talvez mais de 50% da chamada "etnia cigana", são simples descendentes de grupos de proscritos e outros foras-da-lei decorrentes da guerra civil portuguesa e das suas consequências, incluindo quadrilhas de criminosos e outros grupos de "malfeitores" em geral, nestes se incluindo dissidentes politicos das classes mais baixas.
De forma mais ou menos xenófoba chamamos hoje a estas comunidades "ciganos" independentemente do facto de o serem ou não.
Mais evidente é o caso do UK onde os chamados "travellers" que nada têm a ver com qualquer tipo de etnia "roma" , sofrem o mesmo tipo de discriminação aplicada aos ciganos pelo simples facto de não quererem "integrar-se" noe padrõesulturais dominantes.
Um dos casos em que intervi tinha a ver com um cidadão britânico que achava (E Muito bem) ue não devia declarar endereço fixo , dado ter declarado a SUA CONDIÇÃO NÓMADA!
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É exactamente como diz. As coisas não têm que ver, pelo menos no essencial, com etnias mas com atitudes sociais.
O seu exemplo ilustra tudo. Há quem pense ter o direito de viver numa sociedade desintegrado dela e sem aceitar as regras dessa sociedade. Viver lá... com direitos mas sem deveres. Há melhor do que isso?
Patusco isso de viver numa sociedade recusando integrar-se nos padrões dessa sociedade. Mais patusco ainda entender-se isso como um direito.
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Eis a diferença entre os PIGs da Europa (Portugal, Italy, Greece, Spain) e os descendentes dos outrora inciviizados bárbaros e vikings: nós estamos a viver à grande e eles estão na miséria...

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- O facto de várias pessoas andarem 4 anos a roubar pelo País fora, e continuarem impunes. Surpreendentemente, a maioria apenas se revolta por esses criminosos receberem RSI. Tivesse a Justiça funcionado e esse grupo de ladrões já estaria na cadeia há muito tempo, onde não é possível receber o RSI.
Como são as coisas...
Cumprimentos


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Não vejo onde o nomadismo seja anti-social.
Os franceses lidaram com isso e os seus "viajantes" têm vidas absolutamente pacificas estáveis sem terem tido de abandonar o essencial das suas tradições.
Os alemães apesar de não terem ciganos, (foram exterminados e ao invés dos judeus, silenciado o seu exterminio) declaram duas ou mais residências se as tiverem , elegendo uma como principal.
Aos portugueses isso é negado.
Como diz Zeca, esses devem estar a viver á nossa custa....
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Faz lembrar os negros nos Estados Unidos, que eram criminosos, só porque eram... negros.
Quem mentalidade tacanha!
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Compreendo que não veja porque razão o nomadismo seja anti-social. apesar de, esse nomadismo constituir a recusa de indicação de residência o que não implica, necessariamente, que se seja nómada mas principalmente que se não queira que as autoridades conheçam o paradeiro ou, pelo menos, um endereço de contacto o que, desde logo, leva a desconfiar.
O problema é que há sociedades organizadas, a que corresponde um determinado território (ainda que esta seja uma noção cada vez mais duvidosa que retira sentido aos amigos de Olivença) em que a declaração de uma residência é obrigatória - nem que seja para fins fiscais - o que torna a existência de tal declaração um regra não apenas jurídica mas social.
Quem recusa cumprir uma regra de qualquer sociedade por onde passa e perpassa tem, no meu entender, um comportamento anti-social.
É que não é o mesmo não ter residência por se ser um sem abrigo ou porque se alega ser nómada, ou simplesmente vadio pois não se pode diminuir o direito de um vadio em relação a um alegado nómada sem gerar uma malfadada discriminação.
Tal como não é o mesmo estar desempregado ou não querer trabalhar.
Entretanto, creio que é de deixar os alemães em paz porque tanto eles como todos nós já estamos completamente nas mãos do capital judaico, por muito anti-semita que esta afirmação possa ser, pois é cada vez mais visível a origem da crise financeira... e até os seus objectivos.
Além de que, não havendo em Portugal declaração formal de residência principal e secundárias os conceitos existem em Portugal e há tratamento diferenciado para cada uma delas, única razão pela qual só é declarada uma. A declaração da casa de campo e/ou de praia seria inútil. Tivesse implicações fiscais - para o bem ou para o mal - e passaria a ser objecto de declaração.
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" o que não implica, necessariamente, que se seja nómada, mas principalmente que se não queira que as autoridades conheçam o paradeiro" !!!!
Pois ... é isso!
Como entendo do citado, ser nómada é fundamentalmente ser criminoso!
Tão enraizado está o preconceito!
imagine que eu, agora finalmente livre me apetece ser nómada e correr o mundo com a minha autocaravana!
Nem calcula os problemas que arranjei quando há três anos equacionei essa possibilidade!
Ir correr o mundo durante três ou quatro anos.
Imagine que até tinha que arranjar fiador!
Concluí há poucas diferenças relativamente á Coreia do Norte!
Quanto ao estar desempregado e não querer trabalhar, é algo vago... quase esclavagista...
Imagina advogados desempregados a partir pedra?
E motoristas profissionais a conduzir carrinhos de mão com tijolo?
Ou professores a cortar mato?
Pois, aí as regras antes determinadas pela sociedade de "cada galo no seu poleiro" para efeitos de desemprego, deixam deter valor! Ou seja não interessam!
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Não é a mesma coisa fazer uma passeata de auto-caravana pelo mundo e ser nómada, propriamente dito, que é uma forma assumida de vida.
Do mesmo modo que não é o mesmo ser nómada e ser vadio..
Do mesmo modo que um sem-abrigo pode ser alguém sem casa onde residir e não apenas vadio.
Do mesmo modo que se pode estar desempregado e querer trabalhar ou, como muitos, nem sequer estar inscrito num centro de emprego porque não se quer trabalhar.
Parece é que há quem insista em não distinguir as diferentes realidades.
E quanto aos seus exemplos sempre lhe digo que há muitos licenciados, nas mais diversas áreas, a exercer honestamente as mais diversas profissões, desde caixa de supermercado, a empregados de café e até limpezas.
Não lhes caem os parentes na lama e, fundamentalmente, não ficam à espera de viver de subsídios.
Não baralhe tudo. É inteligente e não há razão nenhuma para fingir o contrário quando lhe apetece.
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A seguir falo de modo genérico.
Com o devido respeito, parece-me que existe uma aversão aos desempregados. Por outro lado, o carácter e conduta de uma vida dessas Pessoas, nas quais me incluo, não são aferidos pela simples inscrição ou não no centro de emprego, ou pela aceitação ou recusa de um trabalho para o qual, por exemplo, não teriam sido necessários anos e anos de estudo e muito sacrifício pessoal.
Confio mais naquelas Pessoas que resistem e não desistem facilmente dos seus sonhos e condutas passadas, do que naquelas que estão sempre prontas para tudo. Cabe a cada um decidir o que quer; lutar toda uma vida com determinadas expectativas e depois elas sairem goradas causa um profundo sofrimento. Respeitem a dôr e opções dessas Pessoas.
Para os que estão preocupados com o subsídio de desemprego, descansem que ele não dura para sempre e só o recebe quem já fez muitos descontos. E quanto aos beneficiários do RSI, parece-me que em breve serão obrigado a trabalhar por tuta-e-meia, se calhar até ainda mais baratos que os antigos escravos que ao menos ainda tinham comida e espaço para dormir assegurados pelo dono.
Não volto a lêr a notícia supra nem os respectivos comentários para não me chatear mais nem os incomodar. É que senão, um dia destes o Mui Prezado Sr. Administrador da Revista tem de criar um grupo de suporte..., talvez com o nome "Inverbianos anónimos"

Cumprimentos.
Nota:
Aproveito ainda para responder ao comentário do Prezado Sr. Dr. Mário Rama da Silva:
para se receber o subsídio de desemprego é necessário estar-se inscrito no IEFP (instituto de emprego e formação profissional).
Entre Janeiro e Agosto de 2011, o IEFP - que tem um trabalho muito meritório -, apenas conseguiu colocar directamente 47.971 pessoas. Um número muito aquém do número total de desempregados que, na sua grande maioria, consegue colocação pelos próprios meios.
Cumprimentos.
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