Cadeias batem recordes de presos: Número de reclusos ultrapassou, pela primeira vez desde 2004, os 13 mil. Custo ascende a meio milhão/dia
É um novo recorde nas prisões portuguesas: O número de presos ultrapassou, pela primeira vez desde 2004, os 13 mil. Segundo os dados mais recentes da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP), a 1de Abril havia 13 285 presos nas cadeias portuguesas: 10 482 condenados (79,7 por cento), 2663 preventivos e ainda 140 inimputáveis. Tendo em conta que um recluso custa, em média, 40 euros por dia, segundo já foi assumido publicamente pelo próprio director-geral das prisões, Rui Sá Gomes, os 13 285 reclusos custam ao Estado 531 mil euros por dia.
Depois de no final do ano passado o número de reclusos ter ultrapassado os 12 mil, o que já não acontecia desde 2006, agora chegou mesmo aos 13 mil. No final de Dezembro estavam detidas 12 681 pessoas, o que significa que, em apenas quatro meses, foram presas mais 604 pessoas. Em relação a 2012, a DGSP apenas disponibiliza as mais recentes estatísticas quinzenais, o que permite perceber que a tendência de aumento do número de reclusos mantém-se: entre 15 de Março e 1 de Abril, recolheram às cadeias 72 pessoas. De acordo com os mesmos dados, que não estão discriminados quanto ao tipo de crimes, 80 por cento dos presos são portugueses e 20 por cento são estrangeiros, percentagem que se tem mantido sem grandes oscilações ao longo dos anos. O mesmo acontece em relação às mulheres, que representam apenas 5,6 por cento da população prisional, que está dividida em estabelecimentos centrais, especiais e regionais.
Sobrelotação atinge 1541 reclusos
As cadeias portuguesas têm uma lotação de 12 077 reclusos, mas o número já foi largamente ultrapassado, com 13 285 presos nos 51 estabelecimentos prisionais. De acordo com as estatísticas oficiais mais recentes, referentes a 1 de Abril, actualmente há 1541 presos a mais nas cadeias, sendo que a sobrelotação já não é apenas um problema dos estabelecimentos regionais (969 presos em excesso), atingindo também os centrais (572 reclusos a mais).
Aumento da criminalidade altera leis
Nos últimos anos, a maior queda da população prisional verificou-se em 2008, precisamente após a entrada em vigor das leis penais que restringiram a aplicação da preventiva e alargaram a possibilidade de suspensão da pena. Nesse ano, o número de reclusos baixou pela primeira vez dos 11 mil. No entanto, o Verão quente de 2008 acabou por estar na origem de novas alterações penais, e desde então a população prisional tem vindo a aumentar progressiva mente."Há mais crime e mais crime violento, e as polícias andam mais nas ruas " diz um magistrado ao CM.
DETIDOS POR ROUBO
Dois jovens, de 18 e 21 anos, foram detidos pela PSP na última semana de Março pela prática de roubos por esticão nos comboios da Linha de Sintra, onde esmurravam e pontapeavam as vítimas para obter objectos de ouro. Ficaram em prisão preventiva.
PRESO POR FACADAS
Um homem de 47 anos, que deu várias facadas na companheira e na filha desta, em Benfica, deixando-as em estado grave, foi detido e ficou em prisão preventiva, no dia 28 de Março. A PSP já tinha mais queixas contra o agressor.
AGRESSOR NA CADEIA
Um homem de 39 anos, servente de pedreiro, ficou a aguardar julgamento em preventiva, no dia 27 de Março, depois de ter atingido a ex-mulher a tiros de caçadeira, nas Caldas da Rainha.
ABUSADOR PRESO
Na última semana de Março, a Polícia Judiciária de Lisboa deteve um homem, de 31 anos, por abusos sexuais sobre a filha, de oito anos, e por ter violado a mulher, na Amadora. Presente a juiz, ficou em prisão preventiva.
Ana Luísa Nascimento | Correio da Manhã | 17-04-2012
Comentários (9)
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Certamente muito mais!
O SOS RACISMO QUE DEITE FOGUETES



Não é que os tais 80%, 20% lá fora costumam ser precisamente ao contrário?Bem como não nos dizem quanos lá estão "nacionalizados" coisa que por cá é "na hora" quase...
Mas não desistam.Nunca.Lá para o fim da vida talvez nos enriqueçam...
ps
Claro que os ciganos são "nossos"...
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VINHA MESMO A CALHAR
Que tal uma amnistiazinha?...
Vinha mesmo a calhar, não vinha?!...
Os cofres do Estado sempre poupavam uns cêntimos...
...
Voces sabem la
conde de LIppe...
Já agora acrescente que nos sistema de reorganização do Conde de Lippe era exigido ao sargento da companhia que soubesse ler ler, escrever e contar, já que os nobres eram uma cambada de ignorantes!
Então como agora! Hem?????
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