Protestos. Limitação legal ao direito de manifestação dos efetivos das Forças Armadas leva representantes de oficiais, sargentos e praças a rejeitar sindicatos da PSP na sua concentração.
As associações de militares das Forças Armadas rejeitam o envolvimento de sindicatos da PSP ou de outras forças de segurança na concentração que agendaram para o próximo dia 10 de novembro. Tanto o coronel Pereira Cracel (presidente da associação de Oficias) como o sargento-chefe Lima Coelho (líder de Sargentos) e o cabo Luís Reis (Praças) coincidiram nessa posição, em declarações ao DN e depois de confrontados quinta-feira com a intenção de alguns sindicatos da PSP em participar no referido protesto.
Note-se que o País vai assistir, a partir da próxima semana, a um desfilar de protestos públicos de polidas e de militares que se prolongarão pelo menos até 27 de novembro, dia da greve geral dos bombei- – ros profissionais. No ar paira ainda uma ameaça de greve do sindicato do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que pode parar os aeroportos nacionais.
Terça-feira, os principais sindicatos das forças e serviços de segurança vão decidir o que estão dispostos a fazer para manifestar a sua oposição ao Orçamento do Estado para2013 (OE13), na reunião da Comissão Coordenadora Permanente (CCP), que agrega a PSP, a GNR, o SEF, ASAE e a Polícia Marítima. No dia seguinte, os militares da GNR saem à rua em protesto, numa convocatória lançada pela Associação de Profissionais da Guarda (APG).
O SEF decide no mesmo dia, em assembleia geral, se avança para a greve em todos os aeroportos. A6 de novembro, a Associação Sindical de Profissionais de Polícia (ASPP) sai também à rua. Quatro dias depois, as associações das Forças Armadas concentram-se na Praça do Município, em Lisboa A iniciativa recebeu o apoio de vários sindicatos da PSP – entre os quais o segundo mais representativo (o Sindicato de Profissionais de Polícia) – que não apoiaram a iniciativa do maior sindicato da polícia para dia 6.
Numa reunião realizada quinta-feira na sede do Sindicato Unificado de Polícia, ficou decidido que estes sindicatos iriam juntar-se aos militares. "Há questões transversais aos dois grupos profissionais que resultam das medidas de austeridade e o Governo tem de ter noção que os cortes orçamentais que vão atingir polícias e militares podem pôr em causa a democracia", disse ao DN o presidente do SUP, Peixoto Rodrigues.
Posição diferente têm os líderes associativos militares – desde logo pelo condicionalismo legal em matéria de direito de manifestação: estando à civil, os militares das Forças Armadas "têm o direito de participar em qualquer manifestação to é prematuro pensar em manifestações conjuntas entre polícias e militares". Para este dirigente sindical, "apesar de haver um aspeto transversal, que é a luta contra as medidas de austeridade, o 'caderno de encargos' das reivindicações não tem nada em comum".
Fonte do gabinete do ministro Miguel Macedo disse ao DN que este acredita no 'esvaziar' das motivações desses profissionais com a aprovação do OE: "As principais reivindicações dos sindicatos da GNR e da PSP, como a colocação de todo o efetivo na tabela remuneratória em vigor, a atualização do subsídio de fardamento para 300 euros, a subida de 18% para 20% do suplemento das forças e serviços de segurança, os concursos e as promoções, vão ser todas cumpridas."
Manuel Carlos Freire e Valentina Marcelino | Diário de Notícias | 20-10-2012
Comentários (12)
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E OS OUTROS DESEMPREGADOS
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ele vá trabalhar de noite e aos FDS semana e ver o seu ordenado diminuído para pagar os maus investimentos feitos pelos accionistas da banca e depois outros a auferir reformas milionárias.
Os barões só agora falam porque vão ser alvo em sede de IRS com o OE para 2013, poq até aqui estavam caaldos e murchos.
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Até pode ter razão, mas esta perde-se da forma como se quer afirmar.
Mantenho a opinião de fraco nível dos comentários produzidos neste post.
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No entanto têm poder, o que acontece unicamente por um misterioso e cabalístico desígnio que, como tal, é incognoscível. Provavelmente será por terem armas. Essa é a hipótese masi provável. Há que não esquecer que a tese mais provável do atentado de Camarate - sim, porque parece que terá sido mesmo atentado - aponta para uma conspiração de uns militares para travar uma investigação que o Ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa (que seria o visado no atentado) estava a fazer a uns dinheiros de um fundo relacionado com o ultramar.
No fundo eles dizem aos políticos: "não nos lixem e deixem-nos continuar a chular o Estado; de contrário alguma coisa pode-vos acontecer". Só isto explica os milhares de militares inúteis que temos de sustentar
As centrais de propaganda e desinformação foram activadas



Oi pessoal convinha que comparassem os efectivos das Forças Armadas com os "Exércitos de Eleitos" & entachados correlativos e respectivas mordomias.E já agora o resultado operacional de uns e outros...
Podem cortar à vontade nas FA´s que apesar disso e como Mao disse a última palavra continuará a sempre a da ponta da baioneta... e se querem saber já deveria ter sido!
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- Não são precisos agora? Já o foram e possivelmente voltarão a sê-lo.
- Depois de tantos sacrifícios, alguns deles ganham muito? Ainda bem. A nívelação dos salários deve ser por cima e não por baixo.
Cumprimentos

Haja vergonha!
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