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REVISTA DE 2012

Militares recusam protestos conjuntos com polícias

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Protestos. Limitação legal ao direito de manifestação dos efetivos das Forças Armadas leva representantes de oficiais, sargentos e praças a rejeitar sindicatos da PSP na sua concentração.

As associações de militares das Forças Armadas rejeitam o envolvimento de sindicatos da PSP ou de outras forças de segurança na concentração que agendaram para o próximo dia 10 de novembro. Tanto o coronel Pereira Cracel (presidente da associação de Oficias) como o sargento-chefe Lima Coelho (líder de Sargentos) e o cabo Luís Reis (Praças) coincidiram nessa posição, em declarações ao DN e depois de confrontados quinta-feira com a intenção de alguns sindicatos da PSP em participar no referido protesto.

Note-se que o País vai assistir, a partir da próxima semana, a um desfilar de protestos públicos de polidas e de militares que se prolongarão pelo menos até 27 de novembro, dia da greve geral dos bombei- – ros profissionais. No ar paira ainda uma ameaça de greve do sindicato do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que pode parar os aeroportos nacionais.

Terça-feira, os principais sindicatos das forças e serviços de segurança vão decidir o que estão dispostos a fazer para manifestar a sua oposição ao Orçamento do Estado para2013 (OE13), na reunião da Comissão Coordenadora Permanente (CCP), que agrega a PSP, a GNR, o SEF, ASAE e a Polícia Marítima. No dia seguinte, os militares da GNR saem à rua em protesto, numa convocatória lançada pela Associação de Profissionais da Guarda (APG).

O SEF decide no mesmo dia, em assembleia geral, se avança para a greve em todos os aeroportos. A6 de novembro, a Associação Sindical de Profissionais de Polícia (ASPP) sai também à rua. Quatro dias depois, as associações das Forças Armadas concentram-se na Praça do Município, em Lisboa A iniciativa recebeu o apoio de vários sindicatos da PSP – entre os quais o segundo mais representativo (o Sindicato de Profissionais de Polícia) – que não apoiaram a iniciativa do maior sindicato da polícia para dia 6.

Numa reunião realizada quinta-feira na sede do Sindicato Unificado de Polícia, ficou decidido que estes sindicatos iriam juntar-se aos militares. "Há questões transversais aos dois grupos profissionais que resultam das medidas de austeridade e o Governo tem de ter noção que os cortes orçamentais que vão atingir polícias e militares podem pôr em causa a democracia", disse ao DN o presidente do SUP, Peixoto Rodrigues.

Posição diferente têm os líderes associativos militares – desde logo pelo condicionalismo legal em matéria de direito de manifestação: estando à civil, os militares das Forças Armadas "têm o direito de participar em qualquer manifestação to é prematuro pensar em manifestações conjuntas entre polícias e militares". Para este dirigente sindical, "apesar de haver um aspeto transversal, que é a luta contra as medidas de austeridade, o 'caderno de encargos' das reivindicações não tem nada em comum".

Fonte do gabinete do ministro Miguel Macedo disse ao DN que este acredita no 'esvaziar' das motivações desses profissionais com a aprovação do OE: "As principais reivindicações dos sindicatos da GNR e da PSP, como a colocação de todo o efetivo na tabela remuneratória em vigor, a atualização do subsídio de fardamento para 300 euros, a subida de 18% para 20% do suplemento das forças e serviços de segurança, os concursos e as promoções, vão ser todas cumpridas."

Manuel Carlos Freire e Valentina Marcelino | Diário de Notícias | 20-10-2012

Comentários (12)


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E lá continuam as capelinhas. Muitos dos militares preferem ser mercenários no estrangeiro porque essas operações são muito rentáveis. As manifestações deveriam ser conjuntas e envolver todos os que desempenham funções relacionadas com a soberania, incluindo nestes os magistrados. Isso sim, seria uma manifestação a sério. Mas cá continuamos com as ditas capelinhas.
AJJ , 21 Outubro 2012
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O inexplicável complexo de superioridade. Esquecem-se que os polícias são fundamentais para o Portugal do século XXi, mas quanto aos militares serão varridos a prazo....
Jesse James , 21 Outubro 2012
E OS OUTROS DESEMPREGADOS
PESSOAL DAS FARDAS...TENHAM VERGONHA..FALAM E PROTESTAM COM A BARRIGA CHEIA E OS OUTROS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS, QUE ESTÃO BASTANTE MAIS SACRIFICADOS EM TUDO, DEIXEM-SE DE CHANTAGENS PQ USAM FARDA. O POVO COMEÇA A ESTAR FARTO DE TANTA VILAGEM E NÃO HA PRODUÇÃO PARA TANTO PESSOAL FARDADO,,,,,,,,,,,,,,VÃO TRABALHAR E SEJAM UM EXEMPLO PARA O PAÍS. O GOVERNO TEM Q COMEÇAR A SER MAIS DURO COM O PESSOAL DAS FARDAS.
CIVIL , 21 Outubro 2012 | url
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Comentários desnivelados... por serem de tão baixo nível.
Luis , 21 Outubro 2012 | url
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Talvez, começando a investigar o tal "Luis", soa-me a alguém ressabiado por actuaçõpes policiais.
ele vá trabalhar de noite e aos FDS semana e ver o seu ordenado diminuído para pagar os maus investimentos feitos pelos accionistas da banca e depois outros a auferir reformas milionárias.
Os barões só agora falam porque vão ser alvo em sede de IRS com o OE para 2013, poq até aqui estavam caaldos e murchos.
sauer , 22 Outubro 2012
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Para policiaa é um mau "investigador".
Até pode ter razão, mas esta perde-se da forma como se quer afirmar.
Mantenho a opinião de fraco nível dos comentários produzidos neste post.
Luis , 22 Outubro 2012 | url
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Em primeiro lugar consultem a folha oficial do DR ao fim do mês e comparem o valor das aposentações que estes reclamam de serem baixos. Muitos dos que aparecem nas TV até já têm o deles garantido, mas vão à procura de mais algum. Trabalham pouco, não produzem nada, tem vencimento a tempo e horas, não comem na messe porque já têm o bandulho cheio, têm carrinhas na estação da CP à espera de os levar e trazer quando não vão diretamente para casa em viaturas cujo gasóleo é pago pelos contribuintes, planeiam nas bases quando dizem que não há dinheiro para as corvetas sairem do Alfeite, mas é no ar que os vejo em Sintra até às 23 horas etc....
Apalermado , 22 Outubro 2012 | url
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Os militares são, provavelmente, a classe profissional mais inútil do Estado Português. Só existem porque existem as forças armadas. Melhor explicando, os coroneis (que cada vez mais se assemelham aos coroneis da Gabriela) que comandam os quarteis só são necessários porque há quarteis. Se não houvesse quarteis não seriam necessários os militares que os comandam, nem os que são comandados, para além de ninguém dar pela falta deles, pois não fazem falat nenhuma.

No entanto têm poder, o que acontece unicamente por um misterioso e cabalístico desígnio que, como tal, é incognoscível. Provavelmente será por terem armas. Essa é a hipótese masi provável. Há que não esquecer que a tese mais provável do atentado de Camarate - sim, porque parece que terá sido mesmo atentado - aponta para uma conspiração de uns militares para travar uma investigação que o Ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa (que seria o visado no atentado) estava a fazer a uns dinheiros de um fundo relacionado com o ultramar.

No fundo eles dizem aos políticos: "não nos lixem e deixem-nos continuar a chular o Estado; de contrário alguma coisa pode-vos acontecer". Só isto explica os milhares de militares inúteis que temos de sustentar
o mundo está perigoso , 22 Outubro 2012
As centrais de propaganda e desinformação foram activadas
smilies/grin.gifsmilies/grin.gifsmilies/grin.gif

Oi pessoal convinha que comparassem os efectivos das Forças Armadas com os "Exércitos de Eleitos" & entachados correlativos e respectivas mordomias.E já agora o resultado operacional de uns e outros...
Podem cortar à vontade nas FA´s que apesar disso e como Mao disse a última palavra continuará a sempre a da ponta da baioneta... e se querem saber já deveria ter sido!
Lusitânea , 23 Outubro 2012
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Sempre que ouço falar em militares, lembro-me dos pobres coitados que morreram a defender a Pátria, dos que ficaram estropiados física e mentalmente, dos que sem hesitar colocaram e colocam a sua vida ao serviços dos outros.
- Não são precisos agora? Já o foram e possivelmente voltarão a sê-lo.
- Depois de tantos sacrifícios, alguns deles ganham muito? Ainda bem. A nívelação dos salários deve ser por cima e não por baixo.
Cumprimentos smilies/smiley.gif
Franclim Sénior , 23 Outubro 2012
Haja vergonha!
Como podem os Militares e os Polícias! exigir do Governo e da sociedade em geral "QUEM PRODUZ" sabendo que existem sem emprego mais de 1 milhão de Portugueses, além de que, 1 milhão e setecentos mil têm reformas de 256 euros e 236 euros."pensões minímas". Basta consultarem o DR para se verificar do montante de reformas que estes senhores usufruem a maior parte deles a partir dos 48 anos "PASSAGEM Á RESERVA". Como pode o País pagar a 228 Generais na reforma, mais que os EUA. Da parte que me toca sinto-me chulado e revoltado com tanta lata........................
CIVIL , 23 Outubro 2012 | url
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Portugal tem que rever a sua estrutura militar e adaptá-la à realidade da nossa pequenez com país por mais que custe aos militares...
Fantasma , 27 Outubro 2012

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