Cerca de mil militares da GNR protestaram esta quarta-feira em Lisboa para exigir o cumprimento da lei e manifestar o desacordo contra algumas medidas previstas no Orçamento do Estado para 2013.
Numa manifestação promovida pela Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR),os militares começaram a manifestação na praça dos Restauradores em direcção à Assembleia da República.
Empunhando bandeiras da APG, os elementos da GNR gritam palavras de ordem como "Passos escuta, a GNR está em luta", "Horário sim, escravatura não".
No início da manifestação, alguns manifestantes levam uma faixa a negro a dizer "Segurança pública exige profissionais motivados".
Na origem dos protestos estão as promoções em atraso, pagamentos de retroactivos de Janeiro de 2010, relacionados com as tabelas remuneratórias, e a falta de um horário de trabalho, questões que, segundo César Nogueira, "ainda não foram resolvidas".
Segundo o presidente da APG, são cerca de 18 mil aqueles que ainda não receberam retroactivos e foram colocados nos índices incorrectos.
Os militares da GNR manifestam-se também contra algumas medidas previstas na proposta de lei do Orçamento do Estado para 2013, como a suspensão da passagem à reserva.
O presidente da APG afirmou que a possibilidade de os militares da GNR passarem à reserva aos 55 anos ou aos 36 anos de serviço é um "regime de excepção" e "uma contrapartida", devido ao desgaste da profissão, e de trabalharem mais do que o dobro de qualquer outro funcionário público.
Segundo o Comando-Geral da GNR, são cerca de 800 os militares que estão em condições de passar à reserva em 2013.
Correio da Manhã | 24-10-2012
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