Pinto Nogueira reagiu à sua não recondução à frente da Procuradoria do Norte chamando aos sindicalistas parvos e estalinistas
O modo como Pinto Nogueira está a reagir à sua não recondução como procurador-geral distrital do Porto (PGDP) revela um tipo de personalidade não condizente com o exercício do cargo em que pretendia permanecer por mais três anos.
É o que considera o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), em comunicado emitido ontem, depois de Alberto Pinto Nogueira, em entrevista à TSF, ter dito que os membros daquela entidade sindical são "parvos e estalinistas". Tudo isto a propósito da reunião do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), de 30 de maio, em que os conselheiros votaram o nome de Maria Raquel Almeida para dirigir a PGDP, deixando de fora Pinto Nogueira que exercia o cargo há seis anos, sendo seu desejo continuar. Esta opção levou o procurador do Porto a ver desconsiderado todo o seu trabalho de dois mandatos e reagiu mal. Em entrevista ao semanário Sol disse que "o que aconteceu foi uma conspiração do silêncio, constituída pelos membros do SMMP os representantes do poder político e o procurador distrital de Coimbra", frisando: "Não disseram nada, pois já tinham acordado na minha liquidação."
O mal-estar do procurador não se ficou por aqui. Ontem, à TSF, acrescentou que os membros do SMMP são "parvos" e "com comportamento estalinista".
Se relativamente às primeiras declarações o sindicato quase não reagiu, ontem veio a público dizer que aquele tipo de "condutas revelam bem a sua personalidade e que estavam certos aqueles que, de forma livre e esclarecida, decidiram que não tinha condições para continuar como PGDP". Para o sindicato, Pinto Nogueira tem duas obsessões: "A do autoelogio", e à "de se apresentar como um mártir".
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