Curso. Sindicato está a promover acção de formação na arte marcial israelita Krav-Maga.
No tribunal, a beca e os agentes da autoridade ainda dão alguma proteção aos magistrados. Porém, na rua, e trajados à civil, passam à condição de cidadãos comuns, sujeitos às circunstâncias, de nada valendo os seus conhecimentos em processo penal perante uma situações de furto, carjacking, assaltos ou agressões. Por isso, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) está a promover para os seus associados um curso de formação em defesa pessoal.
O SMMP diz que a tónica da formação é a prevenção, até porque não tem verificado um aumento de casos de violência contra procuradores do Ministério Público, seja em serviço ou fora dele. Porém, entendeu acrescentar à formação jurídica de base dos procurados outro tipo de conhecimentos.
As técnicas ensinadas aos procuradores, baseadas na arte israelita KravMaga, terão, assim, mais utilidade na rua do que numa sala de audiência ou num gabinete enquanto decorre um interrogatório a um arguido. Ainda que, algumas das "disciplinas" do curso promovido pela Kapap Portugal até que poderiam ter aplicação em alguns processos: "Como antecipar uma situação hostil", "gestão de stress em ambiente hostil", "desenvolver a autoconfiança e autodisciplina em situação de risco", por exemplo.
"Achamos pertinente fornecer aos associados conhecimentos básicos de procedimentos de segurança que podem prevenir que sejam vitimas de crimes de furto, roubo, etc, que podem acontecer a qualquer pessoa A tónica é mesmo na prevenção", referiu ao DN Rui Cardoso, presidente do SMMR Segundo a informação distribuída aos sócios do sindicato, o curso de defesa pessoal – segundo fonte sindical, certificado pelo Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) – oferece formação em "capacidade de resposta a uma ameaça física", "técnicas preventivas de carjacking' e "capacidade de resposta a ataque surpresa".
Para a empresa que vai ministrar o curso, "saber atuar em situações de risco ou assalto é um assunto demasiado sério para não ser levado a sério. Sobretudo quando não sabemos quando isso nos irá acontecer". E nada melhor do que o recurso às estatísticas para fundamentar a importância do curso. Segundo a empresa, "ser assaltado ou ficar em situação de risco é normal na atual sociedade.
Em 2010, do total de crimes participados, 23,32% diziam respeito a crimes contra pessoas".
Mais: destes, "9475 foram roubo na via pública, 6532 roubo por esticão, 1837resistênciaecoação sobre funcionário e 1053 roubos a ourivesarias". A situação, diz a empresa, "agravou-se em 2011 e ainda mais em 2012″. E "ser-se assaltado não escolhe sexo, condição social ou idade. Todos nós somos uns potenciais assaltados". Todos, até os procuradores.
Trabalhadores do fisco ensinados a lidar com pressão dos contribuintes
Dezenas de funcionários das Finanças inscreveram-se, em julho último, em aulas de defesa pessoal, inspiradas nas artes marciais, para aprenderem a lidar com situações de perigo. Isto porque o trabalho no fisco é considerado uma profissão de alto risco. O curso foi pontual e apenas aconteceu na região algarvia.
Após uma série de situações de trabalhadores agredidos por cidadãos, a delegação do Algarve do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) decidiu realizar uma formação pontual. À data, o delegado regional do STI, António Frazão, disse que "perante o crescente estado de violência, os funcionários têm medo", acrescentando que esta violência é "fruto da pressão que os contribuintes sentem". Admitindo que a violência verbal é mais comum e controlável, António Frazão, explicou na altura que a formação visou dar novas ferramentas de defesa aos funcionários que são alvos potenciais de ataques físicos ou contra bens pessoais.
Estes ataques, supunha o sindicalista, tinham como objetivo constranger os funcionários, exercer pressão para que não cumpram as suas funções e deixem passar situações que estejam ilegais.
Albufeira foi o distrito escolhido para esta ação, por ser precisamente um daqueles onde mais de sentem os ataques de cidadãos "normais", que se tomam agressivos perante situações em que vêem os seus bens saírem da sua posse por ação das Finanças.
Carlos Rodrigues Lima | Diário de Notícias | 01-11-2012
Comentários (6)
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Os Senhores Juizes que se ponham a pau!
gasear é melhor
Basta ao almoço comer uma boa feijoada, e depois ao aproximar-se um meliante, fazer meia-volta, abrir a pétala, e voilà...
Homem no chão
Top Secret
Agradeço-lhe que não divulgue métodos de defesa (e de ataque) que se encontram ainda a coberto do segredo de estado!
Felizmente que referiu apenas a feijoada e não a verdadeira receita!
O segredo do "killer fart" não pode cair em mãos erradas!
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Acresce que o killer fart, por razões óbvias, é uma arma de destruição em massa, pois atinge um grupo indeterminado de pessoas, causando assim danos colaterais na população civil. Daí que todo o cuidado seja pouco.
Na primeira vez que foi testado, em instalações militares secretas, o ground zero ficou contaminado durante quase 5 anos. Teve de ser erguido um perímetro de segurança reforçada, e vários dos soldados destacados não colocaram bem a máscara e tiveram morte imediata. Por razões de segurança foi explicado aos familiares que o caixão tinha de ser lacrado.
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