Desde 2000, foram arquivados pelo Ministério Público nove inquéritos por falta de indícios envolvendo oito ministros de culto, católicos e não católicos, noticiou o DN a 29 de março de 2010. Por esta data, a Polícia Judiciária estava a investigar três novos padres católicos, dois na Madeira e um em Lisboa, por crimes sexuais, detetados em 2008 e 2009, tudo casos que chegaram ao conhecimento da polícia por intermédio de cartas anónimas de pessoas que frequentavam as respetivas paróquias.
A única condenação que houve em tribunal na referida década foi a de um padre ortodoxo, julgado em 2005, no Tribunal de Vila Franca de Xira, a sete anos e meio de prisão. O padre ortodoxo Francisco Valoroso Pereira foi condenado por ter agredido sexualmente uma menina de cinco anos e um rapaz de 11, um caso que impressionou a juíza presidente do Tribunal de Vila Franca de Xira, Hermínia Oliveira, que, no final do julgamento, afirmou: "As crianças nunca vão superar estas marcas profundas."
De 2000 a 2010, segundo informações recolhidas na notícia publicada pelo DN a 29 de março de 2010, a Diretoria de Lisboa da Poli cia Judiciária não remeteu ao Ministério Público nenhuma proposta de acusação de padres católicos pelo crime de abuso sexual de menores.
Catalina Pestana será ouvida no inquérito
Catalina Pestana e Álvaro de Carvalho serão ouvidos no inquérito que a Procuradoria Geral da República mandou instaurar anteontem junto do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP) na sequência das declarações da ex-provedora da Casa Pia sobre alegados casos de abusos sexuais de menores em instituições da Igreja. Álvaro de Carvalho garantiu ao DN que têm "testemunhas" da reunião que tiveram com o então presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, nomeadamente "sacerdotes que estiveram presentes". E reitera que Catalina Pestana "falou" com o cardeal-patriarca sobre os casos. O DN tentou falar com a ex-provedora da Casa Pia, mas não foi possível.
Diário de Notícias | 14-12-2012
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