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REVISTA DE 2012

A dor da injustiça

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O "sentimento" de Justiça é algo que está no ADN do ser humano, pelo que quando é posto em causa despoleta mecanismos de incompreensão e desconfiança.

As recentes notícias sobre a excepcionalidade de que beneficiarão os funcionários do Banco de Portugal, por ser uma entidade "independente", com autonomia administrativa e financeira, vieram reavivar a polémica inerente à eliminação dos subsídios de férias e de Natal imposta a todos os que trabalham ou são aposentados do Estado.

Se tal medida originariamente sempre causou nesses trabalhadores um forte sentimento de injustiça (além das dúvidas sobre a sua constitucionalidade), por se sentirem discriminados negativamente face aos demais trabalhadores do sector privado, situações como a agora avançada pelo nosso Banco Central reforçam e alimentam tais estados de alma.

Quando se adoptam medidas discriminatórias, há que ter um cuidado em não permitir a abertura de excepções de forma a não tornar totalmente irrazoável e incompreensível o esforço que é pedido.

Como dizia Martin Luther King: "A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo o lugar.

Sousa Pinto (Vice-Presidente TRL) | Correio da Manhã | 21-01-2012

Comentários (6)


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a dor da justiça!
Prevê-se expressamente na lei que quando o titular desse direito excede manifestamente os limites impostos pela boa-fé, pelos bons costumes ou pelo fim social e económico, passa a ser ilegitimo. É um direito que pode ser anulado e se o não for pode-nos colocar fora desse direito numa situação de ilegitimidade. O que é seu o que é devido a cada um o que é seu direito- seja qual for a ordem, corresponde a norma da justiça suum cuique, consequentemente tem de ser justa. Legitimou-se a verdade desagradável e indesejavel, desejam ser enganados.O Sentimento da injustiça é justificavel e deve ser travado, ou será tarde demais.
armando , 21 Janeiro 2012 | url
...
E ainda se admiram de 15% dos portugueses (EU NÃO) preferirem a ditadura a esta cloaca "democrática".
Zeka Bumba , 21 Janeiro 2012
Expressa ou Tácita, depende, depende, depende, depende,
Depende de quê? Perguntais vós.
Depende de mim, de si, de Nós, de Vós, de eles (ou deles, como preferirdes).
ADN.
Havia e há tanto para dizer sobre o ADN. Mas, é preferível (mais sensato, prudente e, de certo, mais compensador para benefício do conhecimento) ouvir os especialistas.
Eu gosto de especialista, em cada matéria.
Cada matéria. Cada especialidade. Cada um, cada qual. Progresso. Evolução. É benéfico.
Ciências Humanas.
ADN.
Gosto de animais.
Gosto de pessoas, conheço poucas... humanas.
Acredito que as haja, mas por precaução não me aproximo, para não me desiludir, ou talvez, para não desiludir.
É que isto de ser humano exige muito de cada um, exige tanto e tavez tão pouco.
Depende, DEPENDE, depende de mim, de si, de Nós, de Vós, deles. DEPENDE E PONTO. OU VÍRGULA.
Não vou dizer que é "puxado", nem "puxadinho", para não se rirem.
Não é que eu não goste que se riam. Eu aprecio uma boa, mas mesmo boa gargalhada.
Adoro gargalhar, faz-me bem à Alma e ao ADN, talvez. é que depende.
Absoluto ou Relativo. Não acredito nem acho gracinha a pessoas que acham que tudo é relativo.
É que, podem ser poucas, mas tem de haver, pelo menos uma coisa para cada um de Nós que seja um ABSOLUTO, TALVEZ TRÊS, mas não podem ser muitas coisas, temos que deixar resto ser relativo.
Porém, há coisas que NÃO DEPENDEM.
São o Absoluto, que é ou não é, foi ou não foi, existiu ou não existiu, foi errado ou correcto, não depende. Depois podemos sempre chegar às mesmas conclusões, mas por caminhos diversos, ou pelos mesmos caminhos chegar a conclusões diversas.
E, no entanto, há algo que permanece, que fica, quando nada mais resta (e que, caros amigos não é Tara da egoísta - por razões de sobrevivência comprenda-se ou não - de "Gone With The Wind" : a Scarlett O´Hara). Há algo que depois de tudo destruído permanece. O ABSOLUTO. Pobre de quem não tem um ou alguns: Valor, valores. Deus, até a Máfia tem Deus e a Família como valores - "Honra" muito própria, porém TÊM.
HONRA LHES SEJA FEITA.
Expressa , 21 Janeiro 2012
blind zero
Cúmulo da injustiça é ter de levar com um espectáculo musical lindíssimo (abertura de Guimarães a uma aldrabice qualquer) sem conseguir deixar de pensar na obscenidade que constituem os salários da gentinha que lá está a fazer que faz... enquanto uma boa parte dos portugueses não sabe o que há-de colocar no prato!...

N.B.: Não sou contra a cultura; antes, porém, contra esta roubalheira desmesurada e totalmente descarada!...
Trevas , 21 Janeiro 2012
...
uma velhota, de resto pouco simpático, que anda há anos a aparecer na TV com alguém muito importante no Bnaco de Portugal, disse hoje na SIC N que o aquele Bando de Malfeitores não cortu os salários aos seus membros porque há que respeitar as leis e o Código do Trabalho. Reafirmo: voto PCP na próxima que é um regalo...
L. C. Sula , 21 Janeiro 2012
Terreno escorregadio
Mais um tirinho disparado da trincheira judicial. E não é o facto do tiro ser certeiro que lhe altera a natureza nefasta.
Considerando que esta questão da abolição dos subsídios se converteu num aspecto central da luta política, e político partidária, o facto de aparecerem Juízes a escrever artigos em jornais populares e a tomar posição por um dos lados, só pode ser interpretado como intromissão na esfera da luta política e partidária.
Não é um grande reforço da imagem de independência e isenção dos Juízes, convenhamos.
Ainda se poderia elogiar a coragem do jus-articulista se ele fizesse a comparação com a sua própria profissão, e chamasse a atenção para que olhando sob todos os pontos de vista, se alguma excepção à regra deveria ser tolerada, então mais sentido faria que ela se aplicasse a quem em último lugar supervisiona e julga todos os outros, incluindo o Sacrossanto Banco de Portugal: os Tribunais.
Mas ele não a teve, logo não o podemos fazer.
Hannibal Lecter , 23 Janeiro 2012

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