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REVISTA DE 2012

Ostracismo não é vício de consumo de afrodisíacos

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Um país carente de adequadas sanções informais de controlo social, expressas em manifestações inequívocas de censura, de desprezo, sim, de desprezo pelos protagonistas de condutas típicas de criminalidade de colarinho branco ou próprias de “Estado criminógeno” – no fundo verdadeiras penas de marginalização, ostracismo ou proscrição – é país civicamente inculto, doentiamente tolerante, afinal descrente e desconfiado da eficácia das sanções formais de controlo social.

Que a sociedade não peça, pois, ao direito penal aquilo que é incapaz de exigir de si própria.
Se as sanções sociais forem eficaz prevenção, haverá, até, menos necessidade de direito penal, o qual, desse modo, só não emagrecerá por amor à obesidade do legislador.

Orlando Maçarico | InVerbis | 10-01-2012

Comentários (8)


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Juro
Quando li o título deste artigo, pensei: só pode ser do Dr. Orlando Maçarico.
Abri o artigo só para confirmar.
Desculpe-me o autor, mas não tenho tempo para o ler.
Digo , 10 Janeiro 2012
pedido
alguém me explica o título?
Seja , 10 Janeiro 2012
...
Magnífico texto e excelente conteúdo.
Lamento que pessoas tão "letradas" como algumas parecem ser, não consigam ler, quer na letra, quer no espírito, textos bem elaborados. É a prova da mediocridade.
Manuel Arruda , 10 Janeiro 2012
...
Falando simples, cada povo tem os governantes que merece, disse-mo na sua língua um francês há uns bons 50 anos. Estávamos sob Salazar e o que me incomodava não era propriamente ele mas o medo dos seus agentes, GNRs e PSPs da parte dos camponeses, incluindo os meus familiares. Sem saber porquê, via-os sentar-se na nossa mesa e noutras, comer e beber, olhar-me com sobranceria e, quanto aos GNRs, partirem com espingarda de guerra (sei-o agora) às costas. Comiam o que era racionado a mim e meus irmãos. A aversão foi de tal ordem que ainda perdura e a verdade é que não posso ver uma farda dessas à minha frente. Dir-me-ão: Já não são os mesmos! Respondo que sim, são os mesmos porque nós somos os mesmos e eles não mudarão se nós não mudarmos. Mudarão no dia em que nos tiverem respeito ou medo porque a sua cadeia de comando, do topo à base também nos respeita e nos tem medo, entenda-se governantes incluídos. Ora, é um facto que não nos respeitam, não governam para nós e mais dia menos dia é imprescindível que nos temam medo . Talvez nessa altura eu esqueça a humilhação dos GNRs e PSPs. da minha infância. O francês tinha razão há 50 anos e tem-na ainda agora. Temos o que a nossa covardia nos impõe
Barracuda , 10 Janeiro 2012
...
Não conheço pessoalmente o articulista, mas pelo que escreve é um daqueles advogados dignos da profissão que vão rareando cada vez mais entre nós.
Zeka Bumba , 10 Janeiro 2012
PAÍS CARENTE
País carente de ser país!
Carente..carente. carente!
Pague-se o psicólogo!
Faz lembrar essas m****s "maçónicas tão em voga hoje em que uns pseudo "manos" satisfazem o seu "what ever " com as bacoradas Walt Disney que cada uma entende fundar!!
Chiça!
Se eu fosse maçónico recusaria declarar ser tão PIMBA!!!
Valha-nos um Arquitecto mais ou menos!
Pedro Só , 10 Janeiro 2012
ostras pró jantar
"...verdadeiras penas de marginalização, ostracismo ou proscrição..." não chegam para reparar os danos provocados pela perfídia de tão reles criaturas - estas que nos têm (des)governado nos últimos anos...

Antes porém, deveriam, no fim de cada dia de trabalho, na condição de reclusos, ser submetidos a um tratamento médico para lhes apurar os sentidos, designadamente (1) terem de comer 333 ostras, com saiote e tudo e depois, (2) terem de fazer 33 piscinas com água a uma temperatura de 3,3º!...

No dia seguinte, acordariam (?) perfeitamente revigorados, para continuar a participar no importante trabalho de reconstrução dos estabelecimentos prisionais portugueses...
betty , 11 Janeiro 2012
...
Aprecio, veemente, a aclamação proferida pelo colega, Dr. Orlando Maçarico.
Carmo , 18 Janeiro 2012

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