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REVISTA DE 2012

Ser juiz em Portugal

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Araújo de Barros - Nenhum juiz pode renegar os propósitos e princípios de preservar a independência e criar os pressupostos necessários a uma renovação assente na cooperação institucional, na qual o juiz assuma o papel de charneira.

Constatando os erros que no passado têm sido cometidos, há que envidar esforços para assegurar que não se repitam. É hora de esbater o notório desencanto do cidadão comum para com o poder judicial, onde já só a custo consegue divisar o reservado e ponderado juiz. É hora de relegar para segundo plano artificiosas operações de cosmética, como a pretensa reinvenção de uma deslocada ética ou a adesão a adventícias técnicas de propaganda e práticas pouco compatíveis com a desejável postura de responsabilização do juiz pelas suas decisões.

É hora de intentar dar voz aos que vivem no dia-a-dia a difícil missão de julgar e que, mais imbuídos desta vocação, suportam os inconvenientes que para todos decorrem da jactância de alguns, propensos a outros desígnios.

Deve ser dada prioridade ao reforço das condições necessárias a um salutar desempenho do múnus da judicatura, na convicção de que a imagem da justiça há-de sempre decorrer do modo como é exercida.

Araújo de Barros (Juiz do Tribunal da Relação de Guimarães) | Correio da Manhã | 28-02-2012

Comentários (14)


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Pese embora não subscreva o veículo utilizado, SUBSCREVO inteiramente o artigo.
Zeka Bumba , 28 Janeiro 2012
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Não percebo!
De que fala?
De quem fala?
Porque fala?
A quem se dirige?
Quem vem ao espaço público pretensamente porque tem algo a dizer, é bom que o faça com clareza. Não se deve exigir menos que isso.
Estupefacto , 28 Janeiro 2012
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Palavras leva-as o vento.
Ai Ai , 28 Janeiro 2012
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Prosa de quinta categoria...
Mefistófeles , 29 Janeiro 2012
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Outro ?
OUTRO ?
Alguém é capaz de explicar o que é que se está a passar com os Juízes ?
Agora deu-lhes para serem jornalistas ?
Ser apenas Juíz já nāo os preenche ?
Hannibal Lecter , 29 Janeiro 2012
...
De que fala este senhor? Chegou de Marte ou está de passagem para saturno? Jesus, poqué non te callas?
incrédulo , 29 Janeiro 2012
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Quanto ao conteúdo, subscrevo. Quanto ao veiculo, não seria o que eu escolhia, mas nem todos têm acesso a um opúsculo patrocinado pela Cafés Delta ou consegue passar pelo crivo editorial da revista Julgar...
Alice in Wonderland , 29 Janeiro 2012
...
Pergunta Hannibal Lecter: Alguém é capaz de explicar o que é que se está a passar com os Juízes?
Bom, quanto aos outros, não sei. Quanto a este, surge agora, e só agora, porque é candidato às próximas eleições da ASJP.
Este texto versa sobre a vida interna da ASJP e da judicatura, embora esteja um pouco encriptado.
Faz sentido usar estes meios para fazer política sindical interna? Não sei.
Mas sei que cada um responde pelos seus actos.
Ora ora , 29 Janeiro 2012
...
Este senhor que é um SENHOR fala do que é ser juiz. O que alguns dos comentadores (pelo que se lê dos comentários) não sabem ser ou não são.
Laura Tavares
Laura Tavares da Silva , 29 Janeiro 2012
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São palavras com conteúdo, com sentido e que expressam sãos princípios. Reflictam!
Toureiro , 29 Janeiro 2012
Ética, soberba e aventais
A ideia é esta: a ética dos profanos é desprezível. Só os irmãos que se reconhecem por toques e sinais estão preparados para compreender «a luz pura». Os outros, pobres, estão condenados às trevas e ao esgar dos ungidos. Este texto transpira, ele sim, uma serôdia e lamentável soberba, a velar uma elevada dose de inveja.
Triângulo com olho no meio , 29 Janeiro 2012
Eu ainda sou mais soberbo
O sol, a lua, o orvalho, a ética, o mar, a lua... a soberba e os amigos que a protegem!
ramos d'oliveira , 29 Janeiro 2012
...
Ao ler o texto deste Exmo Sr. Desembargador, compreendi o que sentem o comum dos cidadãos ao ouvirem as sábias palavras produzidas do alto do seu trono por alguns dos nossos ilustrissimos meritissimos...
Pé de Vento , 30 Janeiro 2012
... para quem nao entende
o dr. araújo barros, juíz que supostamente escreve cripticamente é o mesmo que, quando se trata de redigir sentencas, as redige de forma a que qualquer um entenda. Um exemplo:

(...)"a pretensão das autoras (Couto e Couto e Real Quality Housing) em nada difere da "do ladrão de laranjas que, apanhado com a mão nestas, vem reclamar do guarda, que indevidamente lha permitiu a entrada no laranjal, e os prejuízos que teve por não poder continuar o furto."

Quando se dirige a juízes, como neste caso, nao o tem que fazerde forma a que "o comum dos cidadaos" (como o Senhor/a) o entenda.

Sr. Pé de Vento, retracte-se, porque acabou de falar do que nao sabe. Dedique-se à sua tarefa de ser comum cidadao e fale do que entende. Bitaites pseudo-intelectuais só ficam bem a quem fala do que sabe!

pé de jumento , 04 Fevereiro 2012

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