A ministra da Justiça admitiu esta manhã que o regime de Apoio Judiciário vai contar em 2013 com 42 milhões de euros, menos 18 que o ano passado.
Paula Teixeira da Cruz, que falava no Parlamento durante a audição no âmbito no debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2013, justificou que esta descida deve-se ao facto de terem sido aprovadas e implementadas medidas de fiscalização do sistema de acesso ao Direito. Isto é, com as novas regras, quis dizer a ministra, o apoio judiciário custará menos dinheiro ao Estado.
Recorde-se que o ano passado a ministra ordenou uma auditoria ao sistema de apoio judiciário - defesa oficiosa dos mais desfavorecidos - que detectou várias fraudes da parte de advogados que prestavam o serviço. O caso seguiu para a Procuradoria Geral da República.
No entanto, Paulo Teixeira da Cruz fez questão de deixar claro aos deputados que a gestão será "flexível", isto é, "nenhum cidadão ficará sem aceso ao direito" caso aquela verba de 42 milhões de euros seja ultrapassada.
Sobre o combate ao crime económico, Paula Teixeira da Cruz repetiu que esta é uma das três áreas prioritárias da Justiça para 2013. Paula Teixeira da Cruz anunciou um reforço do investimento, nomeadamente na nova sede da PJ, e garantiu: "não deixaremos de nos bater pelo enriquecimento ilícito", dando a entender que em breve será apresentada uma proposta no Parlamento e convidando o PS a votar a favor.
Inês David Bastos | Negócios | 09-11-2012
Comentários (10)
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Poupanças
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Quanto às irregularidas foram trezentas e tal no meio de milhares. Mas concordo que se fiscalize...
Por ouro lado custa-me imenso ver a Ministra a nunca atacar os grandes lobbies de sociedades de advogados. Continuam a pagar-se elevados montates de ajustos directos e avenças de empresas públicas com escritórios de advogados, seja empresas municipais ou estações televisivas ou metros, comboios...
As avenças e os ajustes directos ultrapassam em muito a percentagem que se paga no defensor oficioso...
Que se fiscalize Sim...Mas que se fiscalize tudo...
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A Ministra desses é mais que amiga...nesses não há corrupção, ladroagem, roubalheira...
Você sabe quanto cobram estas sociedades por pareceres?
Vejam na despesa pública...
Pois...
Mau caro Defensor Oficioso,
Você já se deu ao trabalho de "investigar" em que clubes político-partidários militam as figuras gradas ( figurões, como diz o povo) dessas grandes sociedades de advogados? Será no PCP? no BE? CDS?
Não, morriam à mingua concursos ( eu escrevi concursos? Credo, palavra horrível de se ouvir)
Mais poupanças
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Francisco do Torrão , 09 Novembro 2012"
Plenamente de acordo, até porque não fazendo A.D., eu ficaria beneficiado com a redistribuição dos patrocinados pelo mercado.
Ah. Já me esquecia que esses não têm dinheiro para pagar as consultas, menos ainda a defesa em tribunal e por isso não estão no mercado.
Nesse caso talvez o MJ possa aproveitar centenas de magistrados sub aproveitados para dar consulta gratuita e defender as acusações dos colegas do MP. Assim, o orçamento vai para os mesmos de sempre, sai mais barato ao ministério e deixa muita gente contente!
Este é um país de id****s
A justiça é para quem tem dinheiro, isto é, atualmente os ricos. E quem tem dinheiro pode tudo, e quem não o tem sujeita-se porque nada pode fazer.
E mais uma vez pergunto, porque é que a justiça tem de ser lucrativa para o Estado? e o mesmo se aplica à segurança social, à educação, à saúde.
O que o Estado tem de fazer é parar com o desperdício de dinheiro nas PPP´s, sistema bancário, sistema energético, entre muitos outros, apertar com quem deve e pode, e garantir a transparência de toda a Administração Pública.
Mas isso, era supor que o Estado era uma pessoa de bem e os seus governantes honestos.
Que inocência a minha...
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Contudo o Oficioso é pago tarde, alguns processos melhor que outros mas engloba uma série de despesas com os clientes, muitos deles desonestos.
Porque o Estado não corta nas PPP? e Na RTP? Ren como aqui já foi dito...cortar no apoio judiciário,corte dos juízes, na justiça e medicina não concordo.
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