Eduardo Dâmaso - A ministra da Justiça recebeu um elogio na 5ª avaliação da troika por algumas das reformas realizadas, mas esta semana obteve um ainda maior quando os fiéis de Sócrates a atacaram por ter dito que os tempos de impunidade acabaram
É, aliás, muito simbólico que a demissão da ministra seja pedida pelo deputado Lello, que se 'esqueceu' de declarar um ganho superior a meio milhão de euros ao Tribunal Constitucional. E é simbólico porque tal pedido ocorre na mesma semana em que a ministra reafirma a criminalização do enriquecimento ilícito.
Percebe-se o drama dessa gente que toda a vida ocupou cargos políticos e, por isso, deveria ser facilmente determinável o seu património mas não é. Pelo meio, há sempre uns figurantes sem importância para amplificar a gritaria, mas o essencial está na lei do enriquecimento ilícito: ela não interessa a um certo PS, nem a um certo PSD ou CDS.
O chamado Bloco Central dos Interesses luta pela manutenção da impunidade e vai tentar atropelar toda a gente, sobretudo a ministra. Como se viu no Freeport e na Face Oculta. Como se viu nos seis anos desastrosos que o PS deixou na Justiça e no País.
Eduardo Dâmaso, director-adjunto | Correio da Manhã | 29-09-2012
Comentários (9)
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Esteve muito bem quando afirmou - espero que isso seja mesmo posto em prática pal "malta" do terreno - que a impunidade se estava a acabar.
E, se dúvidas ainda houvesse, bastou ver as "sumidades" que vieram logo pedir a demissão dela (Lelos e outros xuxas que deveriam estar era no Parlamento de Alcoentre e o seu lacaio para toda a obra, o Grande Jornaleiro) para ver como ela tinha falado bem e o que ela disse tinha doído (e de que maneira) a uns quantos "ilustres" cidadãos tugas.
Quanto ao artigo de Eduardo Dâmaso - que não tenho o prazer de conhecer pessoalmente -, assino por baixo.
Elogio da Troika!
Uma coisa é certa e já tive ocasião de o exemplificar. Ai de quem chamar ladrão a um ladrão. Se este tiver meios é processo crime pela certa.
Dois exemplos recentes mostram bem que há quem tenha as reações epidérmicas. O PGR opinou há dias que escutas ilagais havia seguramente, aqui em outras paragens. Não apontou o dedo a ninguem (eu ouvi-o) e fez mesmo questão de salientar que a PJ não era alvo. Pois bem logo um sindicalista da área (estes julgam-se representantes da classe em todas as matérias ao que parece e relativamente aos seus associados e aos que o não) veio invectivar o PGR acusando-o de ter acusado a PJ de escutas ilegais e que o provasse, bla bla. Como se só existissem as ilagalidades e os crimes que se provam.
Agora é a Ministra da Justiça que cometeu o pecado de dizer que a impuniodade acabou, Fosse em que ciscunstância fosse dizê-lo não constitui acusação para ninguém. Aliàs no que respeita à governação anterior e às demais que tivemos desde há uns 30 anos, só nãp descobre ilícitos quem for cego surdo e mudo. Querem maior prova que a situação actual do País. arruinado e sob protectorado das organizaqções financeiras? Isto só por si é um crime e odioso tanto mais que são as vítimas que têm de pagar a factura e não os criminosos. Todavia, estou menos pessimista hoje que há 15 dias. O Povo já merece P grande e espero que não pare até que os actuais tampões das misérias escondidas saltem. Eles e quem os apoiou na AR e noutrs pelouros políticos. Alguem virá que vai por tudo a descoberto ou então os protestos podem não acabar. Veremos então se a impunidade acabou ou não. Sem isso a senhora ministra pode dizer o que lhe der na gana. Para além do alvoroço dos que deviam estar calados nada mais acontece.
Muito bem
É graças a muita gente que estamos nesta situação, bem os haja.

Desengane-se porque os cães já não conseguem ladrar e a caravana é puxada por burros.
Muito Bem
Quando esta salvadora da justiça, e atrever-me-ei a dizer do país, chegou ao poleiro, a primeira coisa que fez, e bem, por suspeitas de fraude, foi uma auditoria às oficiosas, suspendendo de imediato o pagamento das mesmas. No entanto, não vi ainda até hoje nenhum dos seus comparsas fazer o mesmo às PPP...
pois é meus amigos, o estado tem muitas faces e as pessoas ainda não se aperceberam que ela é na verdade sempre a mesma.
E isto é só um pequeno exemplo deste governo, onde se inclui a salvadora.
Em concreto sobre a salvadora, ui ui muito há dizer...